O Sindicato dos Rodoviários decidiu paralisar o transporte público em Manaus na manhã desta quarta-feira, 28/02. O movimento aconteceu dentro do Terminal 1 (T1) e causou longo engarrafamento que começou na Avenida Constantino Nery, uma dos principais eixos da cidade, e se espalhou para demais zonas, deixando o trânsito caótico.
De acordo com rodoviários que participam da manifestação, o motivo da paralisação é a falta de pagamento de um reajuste salarial de 10% prometido há dois anos e a falta de segurança nos coletivos. “Houve um aumento nas ocorrências de assaltos esse ano. Estamos correndo muitos riscos”, aponta um dos trabalhadores.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou que a paralisação foi surpresa e durou cerca de duas horas. Além do T1, o órgão informou que os rodoviários paralisaram ainda o Terminal 2, na Cachoeirinha, e um terminal de ônibus da empresa Líder Transportes, localizado no Parque das Nações, zona Centro-Sul. Ao todo, aproximadamente 200 mil pessoas ficaram prejudicadas entre 10h30 e 13h.
Prefeitura
A Prefeitura de Manaus, por meio da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), informou que não foi comunicada previamente sobre a paralisação dos rodoviários, ocorrida nesta quarta-feira, 28/2, no Terminal de Integração da Constantino Nery – T1. A Prefeitura de Manaus condena a paralisação dos trabalhadores na capital, por prejudicar os usuários do sistema de transporte coletivo.
O prefeito Arthur Virgílio Neto tomou conhecimento do fato e lamentou que a categoria não busque o diálogo para resolver suas questões trabalhistas e apela para o bom senso dos trabalhadores, porque a população não pode ser penalizada.
“O Tribunal trabalhista adia uma audiência que discutira a questão salarial dos rodoviários, por isso essa baderna na cidade? Isso é uma irresponsabilidade e eles (trabalhadores) não têm esse direito. A decisão da Corte precisa ser respeitada e é preciso pensarmos em todas as responsabilizações criminais e cíveis, com muito rigor, para evitar que esse clima de desordem tome conta da cidade”, afirmou o prefeito.
A Procuradoria Geral do Município (PGM) irá avaliar o dano coletivo que a paralisação causou aos munícipes e deverá entrar com medida indenizatória em desfavor do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Manaus (STTR).