Um dia após a Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovar o Projeto de Lei 150/2022, que integra ao sistema de transporte público os modais executivos e alternativos, motoristas e cobradores protestaram na manhã desta terça-feira, 07/06, na galeria da casa legislativa. De acordo com o presidente da CMM, David Reis (Avante), uma reunião será realizada com o prefeito David Almeida (Avante) para tratar sobre o projeto.
A matéria teve 20 votos a favor e 11 contrários. O PL traz modificações na lei que trata sobre o transporte coletivo municipal, entre elas, a diminuição da frota de executivos de 470 para 280 veículos; retirada da obrigatoriedade da presença de um cobrador; e não estipulação da vida útil dos coletivos.
Para o vereador Jaildo Oliveira (PCdoB), o PL chegou à CMM de maneira equivocada. “Precisava de um projeto mais elaborado, com a realização de audiências públicas”, afirmou. “Não pode vir um projeto (para a CMM) que não foi estudado. Acredito que o prefeito honrará com aquilo que ele falou em manter os cobradores”.
O vereador Rodrigo Guedes (PSC) criticou a maneira com que a proposta foi aprovada dentro da CMM. “Esses projetos de lei são votados a toque de caixa, quando são complexos. Há de se comparar com a legislação anterior. É um momento de nos unirmos. Não deveria ter sido votado em regime de urgência. Agora é necessário que o prefeito vete estes artigos, reflita antes de sancionar”, afirmou o parlamentar.
O vereador Raulzinho (PSDB) votou a favor do PL. “Beneficia o transporte executivo. Temos a garantia que não sairá nenhum cobrador, mas não há a obrigatoriedade de tê-lo. Lei que beneficia o alternativo e executivo. Todas as matérias que envolvem o transporte coletivo geram polêmica”, vereador Raulzinho.