Após o recesso parlamentar, o Senado não vai aprovar o projeto que possibilita a privatização de seis distribuidoras de energia (PLC 77/2018), entre as quais a Amazonas Energia. A empresa tem um caráter estratégico na Amazônia, sua venda é uma medida lesa-pátria e a bancada do Amazonas junto com Alagoas, Piauí, Roraima, Rondônia e Acre têm o dever de trabalhar pela derrota da matéria.
A análise foi feita pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) nesta segunda (30), no Centro Cultural Palácio da Justiça, em Manaus, durante a reunião das Coordenadorias de Câmaras Especializadas em Engenharia Elétrica do sistema Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia).
A senadora discordou do diretor-presidente da Amazonas Energia, Tarcísio Estefano Rosa, para quem não existe outra alternativa que não seja a privatização a fim de evitar o processo de liquidação da empresa.
Grazziotin deu exemplo dos Estados Unidos onde as Forças Armadas são responsáveis pelo funcionamento do sistema elétrico daquele país. “Eles tratam o setor como questão de segurança nacional”, advertiu.
O projeto em questão, segundo a senadora, tem como objetivo colocar o passivo da dívida para a responsabilidade da população e vender a companhia pelo valor irrisório de R$ 50 mil. Ela lembrou que o processo de privatização só não foi concluído graças a uma ação do seu partido, o PCdoB, que impediu na Justiça o leilão marcado para o último dia 26.