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Sema e Amazon discutem 'Selo Verde' para rastreabilidade de cadeias produtivas

Reunião dá continuidade às parcerias e negociações iniciadas em Dubai, durante a COP 28

Representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), da Amazon, multinacional de tecnologia norte-americana e sua subsidiária, Amazon Web Services (AWS), estiveram reunidos, nesta terça-feira (12/03), para tratar sobre possíveis parcerias com o Governo do Amazonas. A proposta inicial é discutir a viabilidade da implementação do Selo Verde, para dar transparência a cadeias produtivas sustentáveis.

“Essa reunião acontece com a proposta de continuar a conversa com a Amazon e AWS, iniciada no final do ano passado, para entender os desafios e prioridades ambientais que temos, e como as tecnologias podem ser aliadas, em especial, para monitorar todas etapas de cadeias produtivas da floresta, garantindo toda a legalidade do processo e todo o suporte para às comunidades que realizam a atividade sustentável”, explicou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

Já implementado em território paraense, o Selo Verde é uma plataforma que fornece informações de rastreabilidade de cadeias produtivas. O objetivo prioritário é garantir ao consumidor que determinado produto não está vinculado a atividades ilegais.

No caso do Pará, a plataforma realiza a rastreabilidade da pecuária, evidenciando a situação ambiental das propriedades e sua produção, como aliados para reduzir o desmatamento e mitigar as mudanças climáticas. No Amazonas, a ideia é que a plataforma ajude a agregar valor ao pirarucu manejado em Unidades de Conservação Estaduais.

“Nós pretendemos customizar um pouco a proposta do Selo Verde, no sentido de ativar metas de desenvolvimento sustentável. Para que ele possa, de fato, ser uma certificação internacional que ateste que aquele pirarucu, aquele trabalho de manejo, está ali abarcando uma série de serviços ambientais, com benefícios para toda a biodiversidade”, explicou o secretário.

Segundo ele, os principais desafios atrelados à cadeia do pirarucu são logísticos e que outras tecnologias agregadas também podem ser aliadas, com o intuito de dar maior suporte às comunidades e fazer com que os benefícios da venda do peixe cheguem, por prioridade, nas mãos de manejadores.

“Nós queremos agregar valor ao produto, com benefício principal às comunidades, dentro de uma lógica de manutenção da floresta conservada. Isso pode cooperar com o estado para reduzir emissões e o desmatamento, além de aumentar a capacidade econômica dos municípios que sofrem pressões ambientais. É preciso que a gente encontre caminhos econômicos para a sustentabilidade para combater efetivamente a ilegalidade”, completou Taveira.

Além do pirarucu, o grupo também discutiu a viabilidade de utilizar a plataforma para a cadeia produtiva do açaí, da borracha, da madeira manejada e outros produtos do extrativismo.

A reunião é uma continuação das negociações iniciadas pelo governador Wilson Lima, junto à Amazon, durante a 28ª Conferência das Partes (COP) de Dubai, em dezembro do ano passado. Na ocasião, Estado e a empresa sinalizaram a intenção de avançarem na cooperação para proteção da biodiversidade e de apoio aos moradores da floresta.

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