O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), informou nesta sexta-feira (10/10), que a ocorrência com uma embarcação que transportava combustíveis na comunidade Costa do Jatuarana, no Rio Amazonas, é mais um alerta para a necessidade urgente de reforçar a segurança nas vias fluviais do Estado contra as ações dos piratas.
A entidade destaca que possui um histórico de mais de 10 anos de propostas e reuniões com órgãos estaduais e federais do setor, nas quais alertaram para o risco de explosões nos comboios que transportam combustíveis, nos confrontos diários com as quadrilhas que dominam os rios do Estado.
Alerta
Mais recentemente, no dia 1º deste mês, em reunião do Conselho da Indústria de Defesa da Amazônia (Condefesa Amazônia) realizada em Manaus (com a presença dos comandantes do Comando Militar da Amazônia, do 7º VII Comar e do 9º Distrito Naval, além do chefe da Casa Militar do Governo do Amazonas, entre outras autoridades), o vice-presidente do Sindarma, Madison Nóbrega alertou novamente para a situação.
“Com apoio da Marinha e das distribuidoras, os comboios de combustíveis passaram a navegar com escoltas armadas, o que reduziu verticalmente o sucesso dos roubos. Mas as tentativas não pararam. São diárias e o que nos preocupa são as trocas de tiros, porque se uma bala perfurar um tanque vai provocar a perda de vidas, explosões, incêndios e uma tragédia ambiental de grandes proporções”, destacou Nóbrega na ocasião.
Novas armas
O dirigente ressaltou que as balsas transportadoras de combustível são feitas com casco duplo para evitar o vazamento em caso de choques e colisões, mas são incapazes de evitar as balas das armas de grosso calibre das quadrilhas.
Para fazer frente aos ataques piratas, Nóbrega afirmou ainda, que o Sindarma vai solicitar dos órgãos competentes, autorização para que as escoltas possam usar armas mais potentes.
“Os seguranças das escoltas usam revólveres e munição limitada, enquanto as quadrilhas portam fuzis, drones, metralhadoras e todo tipo de equipamento capaz de perfurar uma embarcação civil. O que aconteceu na Costa do Jatuarana pode ser o início de algo muito mais grave e de grandes proporções humanas e ambientais”, acrescentou.