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Soldado da Base Aérea de Manaus inventa crime para fugir de agiotas

Com medo de represálias violentas, o militar buscou a polícia simulando uma situação criminosa

Militar no no 14º Distrito Integrado de Polícia (DIP) - Foto: Reprodução

Um soldado da Base Aérea de Manaus foi detido na noite dessa terça-feira (03/06) após registrar uma falsa comunicação de crime, na tentativa de despistar agiotas dos quais estaria sendo cobrado. O caso foi registrado no 14º Distrito Integrado de Polícia (DIP), na zona Leste da capital. A matéria é do TH.

Segundo informações repassadas pela Polícia Militar do Amazonas (PMAM), o soldado abordou uma viatura da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), na avenida Autaz Mirim, e relatou aos policiais que estava sendo ameaçado de morte por criminosos. Ele alegou, ainda, que sua residência havia sido invadida e que sua esposa, que estaria grávida, havia sido agredida durante a suposta ação criminosa.

Diante da gravidade da denúncia, a equipe policial foi até o endereço informado para averiguar a situação. No entanto, nenhuma das informações passadas pelo militar foi confirmada. A casa não apresentava sinais de arrombamento, não havia nenhuma pessoa ferida no local, nem indícios de ameaças ou agressões.

Dívidas com agiotas
Confrontado com as contradições, o soldado confessou que havia inventado toda a história. De acordo com ele, a motivação para a farsa foi o desespero diante de dívidas acumuladas com agiotas, as quais não conseguiu pagar. Com medo de represálias violentas, ele buscou a polícia simulando uma situação criminosa.

Segundo a PM, a atitude do militar configura o crime de falsa comunicação de crime, previsto no Artigo 340 do Código Penal, que estabelece pena de detenção de um a seis meses, ou multa. Além das consequências criminais, ele também poderá responder a sanções administrativas e disciplinares no âmbito militar.

O soldado foi conduzido ao 14º DIP, onde o caso foi registrado e está sendo investigado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). Testemunhas e envolvidos devem ser ouvidos nos próximos dias.

Até o momento, a Força Aérea Brasileira (FAB) não se pronunciou oficialmente sobre o caso ou sobre possíveis medidas a serem adotadas em relação ao comportamento do militar.

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