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STF inicia depoimentos de testemunhas contra Bolsonaro e aliados nesta segunda

Ao todo, 82 depoimentos estão previstos entre maio e junho

Ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de liderar tentativa de golpe de Estado

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (19) as oitivas de testemunhas de acusação e defesa na ação penal que investiga uma trama golpista para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, apesar da derrota nas eleições de 2022. Ao todo, 82 depoimentos estão previstos entre maio e junho.

Nesta semana, serão ouvidas as testemunhas listadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos acusados apontados como integrantes do "núcleo crucial" do golpe.

A PGR incluiu nomes do alto escalão das Forças Armadas, como os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos Almeida Baptista Júnior (Aeronáutica), que já confirmaram que Bolsonaro apresentou a minuta do golpe.

Outros nomes da lista de acusação incluem:

  • Éder Lindsay Magalhães Balbino, empresário suspeito de produzir material com fake news sobre as urnas eletrônicas;
  • Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor que teria elaborado planilhas usadas por Anderson Torres para mapear eleitores no 2º turno;
  • Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da PRF, acusado de tentar dificultar o deslocamento de eleitores em 2022.

Na quinta-feira (22), serão ouvidas testemunhas indicadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator. Entre elas, o ex-comandante do Exército general Júlio Cesar de Arruda e o ex-assessor presidencial Luís Marcos dos Reis.

Entre 30 de maio e 2 de junho, será a vez dos nomes apresentados por Jair Bolsonaro, como:

  • Tarcísio de Freitas, governador de SP;
  • Gilson Machado, ex-ministro do Turismo;
  • Eduardo Pazuello (PL-RJ), deputado e ex-ministro da Saúde;
  • Rogério Marinho (PL-RN), senador;
  • Giuseppe Janino, ex-secretário de Tecnologia do TSE;
  • Amauri Feres Saad, advogado;
  • Ricardo Camarinha, cardiologista de Bolsonaro.

A denúncia

A PGR apresentou em 26 de março uma denúncia ao STF contra Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Segundo a acusação, Bolsonaro e seu então vice Braga Netto lideraram uma articulação, com apoio de civis e militares, para impedir a posse do presidente eleito.

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