Rogério Lindoso dos Passos estava detido desde o dia 20 do mês passado, mas não teve a prisão temporária convertida em preventiva. Advogado fala em arquivamento do caso por falta de provas.
O corretor de imóveis Rogério Lindoso dos Passos, 30 anos, teve a liberdade concedida pela Justiça do Amazonas nesta quarta-feira (19), após o termino do período da prisão temporária, cumprido em uma unidade prisional desde o dia 20 de março.
Ele foi indiciado pela delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Criança e ao Adolescente (Depca), como suspeito de cometer abuso sexual contra uma menina de 4 anos dentro do provador de uma loja de roupas, localizada nas dependências de um shopping da zona Norte de Manaus, no dia 2 de março.
Segundo o advogado de defesa, Alexandre Torres Jr, em entrevista à TV A Crítica, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) solicitou o arquivamento do Inquérito Policial (IP) mediante ausência de provas que comprovem o crime.
LEIA MAIS:
“Tendo em vista a nulidade dos elementos de provas, que não podem ser utilizadas em desfavor de Rogério, porque não chegam a uma conclusão lógica e também por não terem passado por uma cadeia de custódia. Foram [provas] criadas exclusivamente para condenar Rogério, sem que pudesse se defender da ‘prova diabólica’, declarou.
Conforme o advogado, o próprio MP-AM solicitou à Justiça a não conversão da prisão de Rogério de temporária em preventiva. Agora o pedido está para apreciação da Justiça.
“A partir desse momento vai depender de deliberação judicial e partir disso se encerraria oficialmente [o processo] após o juiz decidir a favor do próprio Ministério Público, que é o titular da ação penal”, explicou. “Rogério desde o início conta uma história extremamente coerente, não há o que se falar em controvérsia ou historinha, (…) eu acredito sim que ele é inocente”, ponderou.