O suicídio, na maioria das vezes, é apenas o ponto final de um longo caminho permeado de sentimentos como depressão, variação de humor, ansiedade e outros transtornos que abalam a saúde física e emocional do indivíduo. Segundo estudo da FioCruz, 51% dos casos de suicídio no Brasil acontecem dentro de casa e apenas um em cada três casos de tentativa de suicídio chegam ao conhecimento dos serviços de saúde.
Duas faixas etárias chamam a atenção para os casos de suicídio no Brasil, especialmente neste momento de pandemia e isolamento social: os idosos e os adolescentes.
O Ministério da Saúde, em estudo de 2018, calculou que ocorre cinco suicídios a cada 100 mil brasileiros de qualquer idade. Quando levado em consideração os idosos, o número sobe para nove. Por conta da pandemia da Covid-19, a consequente necessidade de isolamento e distanciamento social pode ser mais desafiador para os idosos.
Já no que diz respeito aos jovens, um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2019, mostrou que o suicídio é a segunda causa de morte mais frequente entre pessoas de 15 a 24 anos. Se a adolescência, de maneira inerente, tem esse caráter transitório, isso fica ainda mais potencializado com um cenário de pandemia. Se adicionarmos a descoberta ou o tratamento de uma doença como o câncer, a sobrecarga emocional é ainda maior.