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Teatro Gebes Medeiros recebe espetáculo 'Eu Conto' nesta quarta-feira

Monólogo com Isabela Catão encerra campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas em Manaus

A apresentação inicia às 19h e o acesso é gratuito - Foto: Hamylle Nobre

A atriz amazonense Isabela Catão sobe ao palco do Teatro Gebes Medeiros (Avenida Eduardo Ribeiro, 937, Centro), nesta quarta-feira (06/11), para narrar a história de seis personagens no espetáculo solo “Eu Conto” e propor ao público reflexões sobre práticas e comportamentos que geram violência contra mulheres e meninas, além de estratégias para enfrentá-los. A apresentação inicia às 19h e o acesso é gratuito.

O monólogo encerra a programação dos 21 Dias de Ativismo da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas na capital do Amazonas. A campanha é promovida pelos escritórios de Manaus do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Organização Internacional para as Migrações (OIM) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), pela Aldeias Infantis SOS, Secretarias de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Amazonas (Sejusc) e Cultura e Economia Criativa, e Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania de Manaus (Semasc).

Em cena, a plateia vai conhecer mulheres como Sônia, Fátima, Rita, Jéssica, Cátia e Marta em fragmentos que trazem sonhos e diferentes realidades. O principal critério da obra, segundo Isabela Catão, é falar sobre um lugar extremamente delicado, com repressão e opressão, sem causar gatilhos em vítimas de violência.

“Esse espetáculo vem como um meio para que essas mulheres se reconheçam, identifiquem onde está a violência e tomem consciência disso para que elas consigam pedir ajuda”, afirma a atriz que estreia o primeiro solo no teatro. “É importante que as mulheres saibam se defender, que elas percebam que estão sofrendo algum tipo de violência e quais são os caminhos de acesso para essa busca”.

As histórias, conforme Priscila Conserva, vem do contato com mulheres com quem conversou ao longo da trajetória artística e na família.

“Apesar de ser um monólogo, as personagens trazem nossas vivências e a nossa observação de outras pessoas”, comenta a dramaturga.

Circuito de apresentações

A peça “Eu Conto” circulou em diferentes espaços do município, como na Quadra Poliesportiva da Colônia Antônio Aleixo, em Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), no Centro de Convivência da Família e do Idoso Prefeito José Fernandes e em espaços comunitários, como a Maloca dos Povos Indígenas no Parque das Tribos, no Tarumã.

“É gratificante circular numa campanha importantíssima que visa salvar vidas de mulheres e meninas, através de ações, de informação e, agora, através do teatro. Estamos conseguindo que o público alvo se conecte com as histórias de alguma forma, o que, infelizmente, é um reflexo concreto de como a violência baseada em gênero está transbordando no nosso dia a dia”, pontua a diretora Karol Medeiros.

A ficha técnica do espetáculo composta somente por mulheres conta ainda com Kelly Vanessa na produção, Viviane Palandi como provocadora cênica, Laury Gitana e Karol Medeiros na cenografia, Cigride Aguiar, Isabela Catão e Karol Medeiros no figurino e Lu Maya na iluminação.

“Para muitas pessoas que estavam na plateia, no decorrer dessa circulação, foi a primeira vez que assistiram a uma peça e, desta forma, também pude observar, em cada olhar, a importância da formação do espectador. Aconteceu na minha vida e agora estou dentro dessa iniciativa, de levar a oportunidade de conhecer o teatro dentro das comunidades”, conta a produtora Kelly Vanessa.

Sobre a campanha

Em 2023, a campanha da ONU no Brasil tem como tema “Una-se pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas” e o principal objetivo da campanha é mobilizar parcerias para investir em prevenção para erradicar a violência contra mulheres e meninas.

“As políticas públicas precisam ser consistentes e contínuas porque as necessidades de prevenção estão aí e as respostas das sobreviventes também. Nós precisamos de recursos condizentes com a magnitude da situação de violência no Brasil e na região Norte”, destaca a chefe de Escritório do UNFPA em Manaus, Débora Rodrigues.

A ação acontece mundialmente desde 1991 e teve início com 23 mulheres ativistas do Instituto de Liderança Global das Mulheres.

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