Cerca de 12 vítimas denunciaram o técnico da Seleção Amazonense de Vôlei da categoria Sub-16, Walheberson Brandão Barbosa, 40. De acordo com a polícia, as investigações duraram cerca de três meses e denúncias foram feitas à Federação Amazonense de Vôlei (FAV) e que não foram comunicadas de forma oficial à polícia. O treinador foi preso, nesta terça-feira (13), no bairro na Vila da Prata, na zona oeste de Manaus.
De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), o técnico tem uma grande influência dentro da FAV e por isso adolescentes acreditavam nas promessas que ele fazia. Algumas das vítimas vinha até mesmo de municípios do interior do Estado em busca de melhores condições de vida.
“A Federação de Vôlei do Amazonas recebeu vária denúncias e vai ser oficializada para esclarecer porque foram tomadas medidas de maneira interna sem a polícia ser comunicada”, explicou a delegada.
Ainda segundo a polícia, o técnico comandava times em uma escola estadual no Centro da cidade e também em universidades particulares. “Ouvimos relatos de que ele viajava com esses adolescentes, que ele entrava nos quartos e isso incomodava as outras pessoas da equipe, mas ninguém procurou a polícia”, disse a titular da Depca.
Durante as investigações, seis vítimas já tinham sido ouvidas pela polícia. Na prisão desta terça-feira (13), outros seis adolescentes com idades entre 15 e 17 anos foram encontrados morando com o técnico. Inclusive, dois adolescentes estavam dormindo na mesma cama que o homem.
A delegada informou que um vídeo chegou até à polícia onde mostra de forma explícita o técnico mantendo relações sexuais com as vítimas que relataram que ele gosta de filmar os abusos sempre alternando com os adolescentes durante as filmagens. Pais das vítimas serão comunicados sobre o que estava acontecendo com seus filhos.
A FAV se manifestou por meio de nota onde informou que repudia os fatos que envolve o treinador. A Federação disse que se coloca à disposição das autoridades durante as investigações. Além disso, a FAV suspendeu o técnico de todas as atividades e o registro dele de treinador. A Federação reforçou que, em nenhum momento percebeu algum comportamento diferente do técnico.
A polícia vai continuar investigando e irá atrás de outros atletas que tinham convívio anos atrás com o técnico e que agora já são maiores de idade. A justiça decretou a prisão temporária dele, por 30 dias. O homem deve responder por favorecimento à prostituição e exploração sexual dos próprios alunos.
Veja nota: