Entre janeiro e 25 de agosto deste ano, o município de Manaus registrou 49 casos novos de hanseníase e a Prefeitura de Manaus iniciou reforço no trabalho de busca ativa para resgatar os casos de abandono e atraso no tratamento da doença, e para realizar o exame de pele nos contatos intradomiciliares e sociais do paciente.
Segundo a chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), enfermeira Ingrid Santos, o objetivo é identificar as causas do abandono e atraso no tratamento, orientando para a retomada do tratamento, e garantir que os contatos sejam examinados para detecção precoce da doença.
A hanseníase é uma doença causada por uma bactéria chamada bacilo de Hansen e pode ser transmitida quando uma pessoa doente elimina o bacilo por meio de saliva, secreções nasais, tosse ou espirro, infectando outras pessoas, a partir de contato prolongado e próximo, o que pode ocorrer dentro de casa ou no ambiente de trabalho. Por isso, é importante examinar todos os contatos do paciente e fazer o acompanhamento anual por um período de pelo menos cinco anos, já que a fase inicial dos sintomas ocorre entre dois a sete anos a partir da contaminação.
Para o acompanhamento dos contatos familiares e sociais, a Semsa realiza monitoramento inicial por telefone para avaliar o motivo pelo qual não houve a procura pelo serviço de saúde e, quando necessário, as equipes também organizam a oferta do exame de pele em domicílio.
Sequelas
A hanseníase tem cura e o tratamento medicamentoso dura de seis meses até um ano. Mas, o desafio nos serviços de saúde é pelo diagnóstico precoce da doença para evitar sequelas graves, considerando que a demora no tratamento pode fazer com que o paciente tenha deformidades físicas nas mãos ou nos pés, nos olhos, causando dificuldades e limitações para o resto da vida, impedindo a pessoa de ter suas atividades normais.