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Trio é preso por sequestro, tortura e homicídio ligados a dívida de drogas no AM

Crime foi motivado por uma dívida de aproximadamente R$ 20 mil com o tráfico de drogas

Crime aconteceu no município de Borba

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 74ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Borba (a 151 quilômetros de Manaus), deflagrou na segunda-feira (14/04) a Operação Êxodo, que resultou no cumprimento de mandado de prisão temporária de Amilson Alves Soares, 25 anos, conhecido como “Boto”; Paulo Gabriel Muniz Buzaglo Frota, 20; e Zidane Pantoja da Silva, 26. Eles são apontados como responsáveis pelo sequestro, tortura e homicídio de João Alves Lima, de 37 anos, que aconteceu no dia 5 de março deste ano.

Segundo o delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), as prisões são fruto de uma investigação intensa realizada pela equipe da 74ª DIP. O crime está diretamente relacionado ao tráfico de drogas na região — João foi morto por conta de uma dívida de cerca de R$ 20 mil com o narcotráfico.

“Essa é a segunda vez que líderes do tráfico em Borba ordenam o sequestro de pessoas com essa finalidade, mas a Polícia Civil sempre responde com firmeza. O município não é terra sem lei. Qualquer tentativa de intimidação à população com esse tipo de crime terá uma resposta à altura”, afirmou Mavignier.

Crime

O delegado Jorge Arcanjo, titular da 74ª DIP, explicou que o crime foi liderado por Boto, apontado como chefe do tráfico no bairro Invasão da Xã, em Borba. A motivação foi uma dívida gerada por um usuário de drogas ligado ao grupo, que teria pego uma quantidade de oxi que o pertencia. Como retaliação, Boto ordenou que a vítima fosse capturada.

“João Alves, foi capturado em via pública, no bairro Cristo Rei por Paulo Gabriel e Zidane. Ele foi colocado na garupa de uma motocicleta que era pilotada por Boto e, com apoio de outro veículo utilitário, que passava no momento, foi levado até a estrada da Jatuarana, zona rural do município, onde foi feito um trajeto pela mata, até determinado local, e torturado até a morte.

“Quatro executores, subordinados a Boto, passaram dos limites e acabaram matando João, a ordem era apenas de tortura, mas também desferiram pauladas e golpes de faca na vítima, em seguida, eles enterraram o corpo. A partir dessas informações, conseguimos identificar três dos envolvidos na captura: Boto, Paulo Gabriel e Zidane, que não participaram do homicídio”, disse Arcanjo.

Segundo o delegado, com as provas reunidas, foi solicitado à Justiça a prisão do trio, a qual foi concedida. Além disso, no decorrer das investigações, os quatro envolvidos foram identificados como os participantes diretos do homicídio. Dois deles já se apresentaram espontaneamente à delegacia, enquanto os demais estão sendo procurados.

“Agora avaliamos a individualização das condutas dos suspeitos para futura tipificação dos crimes, e estudamos a possibilidade de converter as prisões temporárias em prisões preventivas. Ressalto que já prendemos outro líder do tráfico este ano, que tentou matar um prestamista (cobrador) em plena via pública. A mensagem é clara, a polícia vai continuar atuando com firmeza para manter a ordem em Borba”, concluiu Jorge Arcanjo.

Procedimentos

Amilson Alves Soares responderá por tortura, já Paulo Gabriel Muniz Buzaglo Frota e Zidane Pantoja da Silva por sequestros. Eles seguem à disposição da Justiça.

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