O presidente norte-americano, Donald Trump, vai receber o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca em 7 de julho, para conversações sobre um cessar-fogo em Gaza, segundo veículos de comunicação.
A visita ocorre no momento em que o presidente norte-americano intensifica a pressão sobre o governo israelense para negociar com o movimento islâmico palestino Hamas um cessar-fogo e um acordo sobre a libertação de reféns, de forma a pôr fim à guerra em Gaza.
A notícia da visita de Netanyahu foi dada pelas agências AP e AFP, citando um representante do governo norte-americano que falou sob anonimato, pela Axios e por outros veículos em Washington.
O ministro israelense dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, estará nesta semana na capital norte-americana para conversações com altos funcionários do governo sobre um cessar-fogo em Gaza, no Irã e sobre outros assuntos.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse hoje que Trump e o seu executivo estão em comunicação constante com a liderança israelense e que o fim do conflito em Gaza é prioridade.
"É de partir o coração ver as imagens que surgiram de Israel e de Gaza durante esta guerra, e o presidente quer ver isso acabar", afirmou. Trump "quer salvar vidas", acrescentou Leavitt
Donald Trump disse, na última sexta-feira (27), que é possível ser alcançado esta semana um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"Acabei de falar com algumas das pessoas envolvidas. A situação em Gaza é terrível. Acreditamos que vamos conseguir um cessar-fogo" esta semana, destacou, durante evento para celebrar a assinatura do acordo de paz entre o Ruanda e a República Democrática do Congo, em Washington.
O líder republicano considerou que o fim das hostilidades está próxima.
"Estamos trabalhando em Gaza e tentando resolver o problema. Estamos fornecendo muito dinheiro e muita comida àquela área porque precisamos", enfatizou.
Trump acrescentou que embora, "em teoria", seu país não esteja envolvido, na prática isso ocorre "porque as pessoas estão morrendo".
"Vejam as multidões que não têm comida nem nada. Somos nós que ajudamos", afirmou, criticando outros países por "não ajudarem".
O conflito em Gaza foi desencadeado em 7 de outubro de 2023, após ataque do grupo islâmico palestino Hamas a Israel, que deixou cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 56 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e o deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas.