Cumprindo agendas de campanha nesta quarta-feira (14), o candidato a prefeito de Manaus, Zé Ricardo (PT), o “Homem da Kombi”, disse em entrevista a uma rádio da cidade que ao chegar à Prefeitura irá garantir aos estudantes, com critérios específicos de renda e necessidade, tarifa do transporte coletivo no valor de R$ 1. E que irá realizar estudos para implantar o Passe Livre Estudantil para os alunos de baixa renda, garantindo a permanência na escola.
“Essa é nossa política de inclusão social. Queremos o jovem na escola, na faculdade ou queremos ele sem perspectivas, onde os pais não têm dinheiro nem para a meia passagem? É uma decisão política, em defesa do estudante, da educação. Na nossa gestão, o jovem deverá estar com um livro na mão, e não com uma arma, no mundo do crime. Por isso, em conjunto com as empresas do transporte, usuários e também com o Governo, conseguiremos subsidiar o restante do valor dessa tarifa do transporte, que começará ao custo de R$ 1, com critérios específicos, mas que a nossa meta é poder chegar ao Passe Livre Estudantil”, declarou Zé Ricardo.
Ele explicou que o custo dessa tarifa irá depender da quantidade de alunos a serem alcançados, num universo de mais de 413 mil da rede pública da cidade, sendo 257 mil com potencial de uso do transporte, extraindo os da área rural. Mas, considerando dados repassados pelo Sinetram em entrevista no ano passado (a Prefeitura não disponibiliza essas informações em seu Portal), o sistema de transporte receberia em torno de 168,5 mil passagens estudantis por dia, ao custo de R$ 2,5 milhões por mês, ou seja, cerca de R$ 30 milhões por ano.
A Prefeitura repassa anualmente cerca de R$ 60 milhões em recursos aos empresários de ônibus, lembrou o candidato, sem cobrar contrapartidas, como ampliação ou renovação da frota. “Esse valor milionário repassado às empresas tem que ter algum retorno, em benefício da população. Além disso, ao longo de vários anos, o sistema de transporte também teve o incentivo do Estado, com ICMS sobre o diesel, e defendo que volte e que também possa ajudar a custear esse valor da tarifa estudantil”, disse ele, destacando que o Estado é responsável por mais da metade dos alunos matriculados no ensino obrigatório e EJA (Educação de Jovens e Adultos) na capital, cerca de 220 mil, tendo também responsabilidade com essa questão.