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Uso excessivo de telas pode agravar quadros de ansiedade e depressão, alerta psicóloga

A psicóloga Maria do Carmo sugere algumas alternativas, como dedicar-se a atividades manuais e criativas

A psicóloga Maria do Carmo Lopes fala sobre o tema

Com o aumento do tempo dedicado às redes sociais ou a plataformas de streaming, cresceu também a preocupação entre os especialistas sobre o impacto desses hábitos na saúde mental dos brasileiros. De acordo com a psicóloga Maria do Carmo Lopes, o uso excessivo de telas – seja em computadores, smartphones, tablets ou televisões; a trabalho, estudo ou lazer –, pode desencadear transtornos, como ansiedade, estresse, irritação, depressão e até nomofobia. A nomofobia é o medo irracional de ficar sem acesso a dispositivos como o celular.

Segundo a pesquisa Digital Global Overview 2023, os brasileiros passam, em média, 9h32min por dia conectados à internet, sendo mais de 3 horas dedicadas apenas às redes sociais. “É real e evidente que os quadros de ansiedade e depressão se agravam com o excesso ou prolongamento do uso das redes sociais. E aqui um alerta para o pensamento suicida, em especial nos adolescentes”, afirma Maria do Carmo, que é especialista em Psicologia Organizacional, Saúde Mental e Humanização na Atenção à Saúde.

Para evitar esses prejuízos, Maria do Carmo explica que, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda limites diários para o uso de telas: crianças de 0 a 2 anos não devem ser expostas; entre 2 e 6 anos, o tempo ideal é de até 1 hora por dia; de 6 a 10 anos, até 2 horas; e a partir dos 11 anos, no máximo 3 horas por dia.

No entanto, segundo a psicóloga, muitos sinais indicam que o uso, no atual cenário, já ultrapassou o saudável,  entre eles, quando a pessoa apresenta irritabilidade, distúrbios do sono, dores de cabeça e até dificuldades de aprendizado, nesse caso específico, afetando crianças e adolescentes.

Para ter uma vida equilibrada e saudável, Maria do Carmo sugere algumas alternativas, como se dedicar a atividades manuais e criativas, como pintura, jardinagem, escrita ou costura. “Essas atividades também trazem algo muito interessante, que é o retorno da pessoa à socialização e à sua realidade. Alguns chegam a descobrir novo talento e passam a explorar esse lado criativo”, afirma a psicóloga.

Para quem sente ansiedade ao tentar diminuir o tempo de uso do celular ou televisão, Maria do Carmo recomenda buscar ajuda profissional. “Às vezes, esse excesso pode estar preenchendo um vazio emocional ou servindo de fuga. É preciso avaliar cada paciente, uma vez que cada caso é único e merece atenção”, conclui. Maria do Carmo realiza atendimentos individuais e em grupo com esse foco, em sua clínica, localizada na Rua Nicolau da Silva, nº 25, bairro São Francisco.

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