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O advogado Frederick Wassef afirmou que escondeu Fabrício Queiroz em sua residência em Atibaia, no interior de São Paulo por medo de uma possível tentativa de assassinato contra Queiroz e decidiu não avisar seus clientes.

"Eu omiti isso do presidente. Eu omiti do Flávio por motivos que me reservo ao direito de não dizer agora. O presidente da República jamais teve conhecimento da autorização para que o Fabrício, caso quisesse, pudesse estar nessas propriedades", disse, em entrevista exclusiva à revista Veja.

Fabrício Queiroz foi preso na última quinta-feira (18) em Atibaia, no interior de São Paulo, em operação do Ministério Público do Rio de Janeiro no âmbito do inquérito das rachadinhas. O sítio onde Queiroz foi detido pertence a Wassef, que até domingo (21) era advogado de Flávio Bolsonaro. Em depoimento à polícia no dia da prisão, um dos caseiros afirmou que o ex-assessor estava no local há mais de um ano.

Queiroz foi preso em Atibaia

À Veja, Wassef afirmou que, inicialmente, abrigou Queiroz como uma ajuda humanitária, pois ele passava por um tratamento contra o câncer. Porém, o advogado afirma que descobriu um plano para matar Queiroz e colocar a culpa no presidente. Sem dizer quem estaria por trás da trama, Wassef acredita ter salvo a vida do ex-assessor.

"Passei a ter informações de que Fabrício Queiroz seria assassinado. O que estou falando aqui é absolutamente real. Eu tinha a minha mais absoluta convicção de que ele seria executado no Rio de Janeiro. Além de terem chegado a mim essas informações, eu tive certeza absoluta de que quem estivesse por trás desse homicídio, dessa execução, iria colocar isso na conta da família Bolsonaro. Havia um plano traçado para assassinar Fabrício Queiroz e dizer que foi a família Bolsonaro que o matou em uma suposta queima de arquivo para evitar uma delação".

Ainda durante a entrevista, Wassef diz não ter encontrado provas contundentes no processo, que não sabe onde está Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Queiroz e foragida da Justiça e sugeriu a participação dos governadores do Rio, Wilson Witzel, e de São Paulo, João Doria, na prisão de Queiroz.

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