O governador Wilson Lima inaugurou, nesta segunda-feira (26/10), a nova sede da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), localizada na avenida Torquato Tapajós, Colônia Terra Nova, zona norte de Manaus. O espaço passou por reparos e adequações em sua estrutura com a utilização da mão de obra de 20 internos do sistema prisional, por meio do programa de ressocialização “Trabalhando a Liberdade”, resultando em uma economia de mais de R$ 1,5 milhão para os cofres do Estado.
“É um prédio que custou R$ 300 mil usando mão de obra de detentos que fazem parte desse programa de ressocialização. Quando fazemos isso, nós estamos não só economizando recurso público, mas também fazendo uma entrega para sociedade, porque esses presos, nesse processo de ressocialização, no momento em que saírem e que pagarem suas penas, começam a vislumbrar um novo horizonte de possibilidades em suas vidas”, afirmou o governador.
Com 1.800 metros quadrados, o novo espaço abriga 17 setores da secretaria, com capacidade para 150 servidores, além de um estacionamento com 60 vagas para carros, 10 para motocicletas e uma para Pessoa com Deficiência (PcD), com acesso por rampa. Entre os reparos feitos no prédio estão serviços de hidráulica, elétrica, revestimento, pintura, troca de móveis e equipamentos de climatização.
Segundo o governador Wilson Lima, o Amazonas hoje é referência para o Brasil no trabalho de ressocialização promovido pelo programa “Trabalhando a Liberdade”, em paralelo aos avanços em fiscalização, monitoramento e inteligência dentro do sistema prisional.
“Nós já temos alguns empreendimentos que funcionam no sistema prisional, como uma padaria, fábrica de chinelo, uma oficina de refrigeração, horta, e temos empresas que estão na fila para se instalar no sistema prisional e também para absorver essa mão de obra”, pontuou o governador.
A coordenadora do “Trabalhando a Liberdade”, Keyla Prado, destacou que o projeto ganhou impulso na atual gestão. Em 2019, apenas 20 detentos participavam do programa, e hoje esse número chega a 1.200. Com a iniciativa, a cada três dias de trabalho, os internos têm um dia de remição da pena.
“As pessoas são qualificadas para receber o treinamento com a parte técnica e teórica. Hoje nós temos arte, com as pinturas, temos a parte da horta, os bordados, as blusas, os panos de cozinha, enfim, uma vasta quantidade de material produzido por eles”, explicou ela.