O cartaz promocional do evento já dizia: "Somos um bloco livre, seguro e acolhedor. Não toleramos nenhum tipo de discriminação, desrespeito e assédio. O nosso evento é feito para ser leve e feliz". E assim foi. O X-Cabloquinho arrastou um público de mais de 20 mil e, mais do que pessoas brincando e sendo felizes, deu exemplo de como é possível respeitar a individualidade de cada um.
O bloco de Carnaval aconteceu no final da tarde de sábado, 29/02, no Centro Centro Social Urbano (CSU) do Parque Dez e foi gratuito. Além de muita música de Carnaval, o line-up da festa também contou com boi bumbá e, em determinado momento, conscientização política e social em nome da cultura e da valorização das mulheres. O grito de "Marielle presente" ecoou pelo local e foi muito aplaudido pelos foliões.
Um dos organizadores do evento, o designer e produtor Rodrigo Abreu, disse que tudo foi pensando para dar conforto e segurança aos brincantes. Os bares e ambulantes foram espalhados ao longo de todo o perímetro do bloco e os banheiros foram posicionados em locais estratégicos e em número satisfatório, o que não provocou grandes filas dentro do bloco. Também não houve registro de briga ou confusão.
Do lado de fora, muita gente não conseguiu entrar, uma vez que o bloco atingiu lotação máxima e, para evitar aglomeração ainda maior, os organizadores decidiram limitar a entrada. Em virtude da grande quantidade de público, já se pensa em organizar a terceira edição do evento em um espaço maior. Alguns pediram para que seja na Arena da Amazônia.
"Nossa expectativa era de até oito mil pessoas, mas explodiu de verdade. Estou muito feliz pelo o que conseguimos fazer", disse.
Pelas redes sociais, o que se viu foi muito elogio à festa, que entra de vez para o calendário do Carnaval de Manaus.
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