O ator Alexandre Nero esteve presente no 56°. Festival Folclórico de Parintins e se encantou com o espetáculo que viu. Neste domingo (2/7), último dia de apresentação dos bumbás, o artista rendeu elogios a "gigantesca e exuberante ópera a céu aberto".
Durante os dias que esteve na ilha, Alexandre Nero passeou pelos principais pontos turisticos da cidade. Ele tambem publicou nas suas redes sociais registros das noites que prestigiou os bois Garantido e Caprichoso.
"Saio de Parintins emocionado, com orgulho de ser artista, e de ser sobretudo brasileiro. Vem junto na bagagem uma certa melancolia, sensação de saber que pouca gente pode ou poderá conhecer essa, que já é uma das minhas 7 maravilhas que eu vi, e certamente verei na vida", escreveu o ator.
Confira a postagem completa:
“Festival Parintins, a festa do povo da floresta”
Ouço falar há anos. Todos, que um dia vieram, sempre dizem: “Tem que ir”. Aconteceu. Deu certo. Consegui vir, ouvir e ver. É mesmo IMPRESSIONANTE. ACACHAPANTE. Letras em caixa alta não conseguem expressar os sentidos. Nada consegue. Só mesmo estando aqui. Uma pequena festa popular, feita numa ilha miúda longe de tudo no meio da floresta, que tomou pra si a força de um vulcão em erupção e cospe fogo como se não fosse nunca adormecer. Uma potência física que nunca tinha sentido. Um espetáculo que coloca o público literalmente em foco, como se estivesse no palco. São julgados e somam ou tiram pontos do seu boi, uma saudável rivalidade que existe entre o “Boi Garantido” (vermelho) e o Boi Caprichoso (azul). São 3 apresentações de 2 horas e 30 por dia, onde TUDO é modificado. Cenários, adereços, figurinos, coreografias e até mesmo arranjos. A música, por motivos de convivência, me chamou atenção especial. Os 3 dias de apresentação somam um total de inacreditáveis 7 horas e 30 de música ininterrupta, o que equivale a uma trilha sonora de quase 4 longa-metragens. É algo descomunal. Com intervenções de toadas, versos e interpretações cênicas transformam a orquestra de mais de 400 músicos numa gigantesca e exuberante ópera a céu aberto com a mais requintada expressão popular acrescido de carimbó, marujada, boi bumbá, gambá misturado a rock, pop e uma complexa teia de arranjos, instrumentos e completude erudita. O chão literalmente treme, faz com que o coração arrebente e o arrepio seja inevitável. Saio de Parintins emocionado, com um orgulho de ser artista, e de ser sobretudo brasileiro. Vem junto na bagagem uma certa melancolia, sensação em saber que pouca gente pode ou poderá conhecer essa, que já é uma das minhas 7 maravilhas que vi, e certamente verei na vida.
A quem puder faço coro e agora repito com causa de conhecimento o que sempre me disseram: “Festival @parintinsoficial . Tem que ir”. ❤️ 💙