O Amazonas foi o estado que mais desmatou a Amazônia em abril de 2025, segundo levantamento divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Os dados, coletados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), apontam que o estado respondeu por 40% de toda a área desmatada na região no período.
Ao todo, foram destruídos 93 quilômetros quadrados de floresta no Amazonas. O município de Lábrea, no sul do estado, lidera os registros, com 32 km² desmatados. Além de Lábrea, outros três municípios amazonenses aparecem entre os dez com maior área desflorestada em abril.
Na comparação com o mesmo mês de 2024, quando foram registrados 52 km² de desmatamento no estado, houve um aumento de 78%.
Ainda de acordo com o SAD, a Amazônia Legal perdeu 234 km² de floresta em abril deste ano — um crescimento de 24% em relação a abril de 2024, quando foram detectados 188 km² desmatados. A maior parte da devastação (84%) ocorreu em áreas privadas ou em processo de regularização fundiária. Os assentamentos responderam por 12% do total; Unidades de Conservação, por 4%; e Terras Indígenas, por menos de 1%.
Alta contínua
O cenário de avanço do desmatamento não se restringe ao mês de abril. Dados do Imazon divulgados em janeiro já apontavam um aumento acumulado de 17,8% na devastação da Amazônia Legal entre agosto de 2024 e março de 2025, em comparação com o mesmo período anterior. Nesse intervalo, o desmatamento passou de 1.948 km² para 2.296 km².
A degradação florestal, que se refere a danos parciais como queimadas ou extração seletiva de madeira, apresentou um salto ainda mais expressivo: crescimento de 329%, alcançando o maior nível da série histórica.
Somente em março deste ano, foram desmatados 167 km² da Amazônia Legal — um aumento de 35% em relação a março de 2024, quando foram destruídos 124 km².