Há cinco dias da eleição à presidência do Boi Garantido, que ocorre domingo (24), numa assembleia tumultuada, na noite desta terça-feira (19) foram expulsas todas as pessoas que participaram da diretoria do ex-presidente Antônio Andrade. São mais de 20 pessoas, entre elas há dois candidatos à presidência do bumbá vermelho e branco Flávio Farias e a empresária Ida Silva.
O ex-presidente do Garantido, Antônio Andrade que teve suas contas de 2021/2022 e 2022/2023 reprovadas, por unanimidade, pelo Conselho Fiscal e pela maioria dos sócios presentes, também foi expulso do bumbá, na assembleia que acatou a proposta da sócia Joana D’Arc de expulsar dos quadros de associados os integrantes da diretoria 2020 a 2023.
O atual diretor administrativo e presidente interino do Garantido, Adson Buretama, também foi alcançado pela decisão.
O presidente da Assembleia Geral, Osório Melo, informou que aceitou colocar em votação para a plenária a proposta de expulsão, do atual e ex-diretores, por entender que tratava-se de uma assembleia geral extraordinária.
“Todos os membros do Conselho Fiscal votaram pela desaprovação e por unanimidade a assembleia acompanhou o parecer. Como tratava-se de assembleia extraordinária entendemos que outro assunto que fosse colocado na pauta era cabível. Foi aí que foi proposto a expulsão do presidente, vice, ex-presidente e presidente interino”, afirmou Osório.
A assembleia geral foi transferida de sábado (17) para esta terça, devido o temporal, daquele dia, em Parintins.
O outro lado
O presidente interino do Garantido, Adson Buretama, que disse que a assembleia é nula e a expulsão de sócios é arbitrária e ilegal.
“O presidente da Assembleia praticou vários absurdos. Esta assembleia é nula. Ela é ordinária e não extraordinária, ou seja é uma reunião específica para determinado fim (prestação de contas). Foi uma assembleia que foi transferida por causa de um temporal. Com relação a expulsão de sócios é um ato arbitrário, inconstitucional e, portanto, ilegal. A todo o rito para expulsão com aceite pelo Conselho de Ética e processo de ampla defesa. Foram absurdos, atrás de absurdos”, afirmou Buretama.
Flávio Farias, candidato a presidência do boi, disse que entende que a atuação de alguns sócios do Garantido faz parte de uma estratégia de aniversários que se negam a disputar a eleição no voto.
Disse ainda que a assembleia foi um ato ilegal na medida que a prestação de contas acontece em uma assembleia ordinária e específica. Em relação a sua atuação como diretor, Flávio afirmou que nunca assumiu o cargo na prática, não assinou nada e ainda pediu o desligamento antes de completar um ano no cargo. Além disso, o candidato afirmou que não há nada contra sua conduta dentro do Garantido.
“Vamos continuar pegando a união dentro do nosso boi e tenho certeza que isso não irá diante”, ressaltou.
Ida Silva, também candidata a presidência do boi que ocorre neste domingo em Parintins e Manaus, disse que seus advogados já estão tratando da questão.
“Vou lutar pelos meus direitos pois as coisas não são assim. Tenho fé em Deus que dará tudo certo”, disse a ex-vice-presidente do boi na gestão Antônio Andrade.
Fonte: Fato Amazônico