O presidente da República, Jair Bolsonaro, ironizou na segunda-feira, 28, a tortura sofrida pela ex-presidente da República Dilma Rousseff no período em que ela foi presa, em 1970, durante a Ditadura Militar. A apoiadores, Bolsonaro chegou a cobrar que lhe mostrassem um raio X da adversária política para provar uma fratura na mandíbula. Às gargalhada, o ex–capitão ironizou:
— Dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio X para a gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio X –, afirmou.
Integrante de movimentos armados de esquerda contra a ditadura, a ex-presidente foi presa em janeiro de 1970 em São Paulo, aos 22 anos, e passou quase três anos na cadeia.
“Fascista e sociopata”
Em nota, Dilma chamou Bolsonaro de fascista e sociopata, "alguém que não sente qualquer empatia por seres humanos, a não ser aqueles que utiliza para seus propósitos".
— Bolsonaro não respeita a vida, é defensor da tortura e dos torturadores, é insensível diante da morte e da doença, como tem demonstrado em face dos quase 200 mil mortos causados pela covid-19 que, aliás, se recusa a combater.
Cúmplice da tortura
Para Dilma, a “visão de mundo fascista está evidente na celebração da violência, na defesa da ditadura militar e da destruição dos que a ela se opuseram”.
— É triste, mas o ocupante do Palácio do Planalto se comporta como um fascista. É cúmplice da tortura e da morte. Um sociopata, que não se sensibiliza diante da dor de outros seres humanos, não merece a confiança do povo brasileiro –, disse a ex-presidente.
Indignação
A declaração de Bolsonaro ironizando a tortura sofrida pela ex-presidente da República Dilma Rousseff gerou uma onda de críticas de lideranças políticas. Os ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) saíram em defesa da petista e atacaram Bolsonaro.
Inaceitável, diz FHC
FHC, em sua conta pessoal do Twitter, afirmou que 'brincar com a tortura dela (Dilma) - ou de qualquer pessoa - é inaceitável'.
— Minha solidariedade à ex-Presidente Dilma Rousseff. Brincar com a tortura dela — ou de qualquer pessoa — é inaceitável. Concorde-se ou não com as atitudes políticas das vítimas. Passa dos limites –, disse FHC.
Homem “sem valor”, reage Lula
Lula afirmou que 'o Brasil perde um pouco de sua humanidade a cada vez que Jair Bolsonaro abre a boca'.
— Minha solidariedade a presidenta Dilma, mulher detentora de uma coragem que Bolsonaro, um homem sem valor, jamais conhecerá.
Sem dimensão humana
O presidente da Câmara declarou que 'Bolsonaro não tem dimensão humana' No Twitter, Maia escreveu que "tortura é debochar da dor do outro”.
— Falo isso porque sou filho de um ex-exilado e torturado pela ditadura. Minha solidariedade à ex-presidente Dilma. Tenho diferenças com a ex-presidente, mas tenho a dimensão do respeito e da dignidade humana.
Zé aponta os erros
O deputado federal José Ricardo (PT-AM) fez duras críticas ao governo do estado, que montou um hospital de campanha em uma Universidade privada e à prefeitura de Manaus, que montou seu hospital em escola municipal, em parceria também com uma empresa privada.
— Questiono aqui onde estão esses equipamentos? De quem eram: do Governo, da Prefeitura ou das empresas? –, cutucou Zé 13.
Hospital na Arena
O petista voltou a sugerir que o Hospital de Campanha seja montado na Arena da Amazônia.
— É urgente antecipar-se aos fatos. Alertamos isso em outubro, quando pesquisadores falavam de segunda onda por Covid no Estado –, alertou Zé.
Corra à Caixa
O FGTS de até R$1.045 pode ser sacado até esta quinta, 31/12. De acordo com a CAIXA, um total de R$ 7,9 bilhões que foram creditados nas contas poupanças sociais digitais e não foram movimentados vão retornar ao FGTS com os valores devidamente corrigidos.
Contagem regressiva
A Caixa Econômica Federal confirmou que os trabalhadores não fizeram o saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no valor de até R$1.045, terão os seus valores revertidos às suas contas vinculadas.
Ainda dá tempo
A Caixa também confirmou que o retorno dos valores pode demorar até sete dias corridos, por conta do processamento. Quem não conseguiu sacar a tempo e que ainda deseja o retirar o dinheiro, devem solicitar o saque por meio do aplicativo FGTS até esta quinta-feira, dia 31 de dezembro.
Arlindo presente
O prefeito Arthur Virgílio homenageou mais u amigo que se foi. Desta vez foi o lendário levantador de toadas do caprichoso, Arlindo Júnior. Nesta terça-feira 29/12 o prefeito inaugurou o o parque de convivência Arlindo Júnior. Justamente no dia do primeiro aniversário de morte do artista amazonense.
Boas lembranças
Arthur disse que não poderia deixar de homenagear o Arlindo Júnior, a quem conheceu no início da carreira.
— Ele começou a sua carreira como locutor nos meus comícios e depois seguimos histórias distintas, mas a amizade permaneceu –, lembrou Virgílio.
Natal sem ele
Muito emocionado, o filho de Arlindo Júnior, Victor Lúcio Nascimento Silva, disse que o pai estaria muito feliz com o espaço que o homenageia.
— Foi o primeiro Natal sem ele, mas eu tentei ficar firme, porque essa época era nossa, ficávamos juntos. Essa homenagem, com certeza, o deixaria muito feliz. Desejo que as famílias se reúnam e agradeçam aos pais e mães, porque eu faria tudo para ter ele junto de mim. Estou nessa inauguração linda e nossa família está emocionada –, declarou.
Onde fica
Localizado entre as avenidas Mário Ypiranga Monteiro e Constantino Nery, zona Centro-Sul, o parque de convivência é primeiro espaço público pronto para receber food trucks na cidade.
Mirem-se no exemplo
Com o aumento no número de internações por Covid-19 em Manaus, com quase 100% dos leitos da rede hospitalar pública e privada ocupados, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) está realizando a aquisição de materiais para prevenção e combate ao novo Coronavírus.
Prevenção
Leia-se 1.300 máscara N 95; 190 litros de álcool de superfície; 200 litros de
álcool gel; aventais (num total de 450) e óculos de proteção individual destinados aos funcionários, que estão na linha de frente, num total de 23; 500 pares de proteção de pé; 1.280 pares de luvas; em torno de seis mil máscaras de proteção e aproximadamente mil fitas reagentes.
ÚLTIMA HORA
Uma das mais importantes e ativas lideranças indígenas brasileiras da atualidade, o escritor e xamã Davi Kopenawa Yanomami foi recentemente eleito para integrar a Academia Brasileira de Ciências – em gesto de reconhecimento por sua contribuição na expansão do conhecimento científico, das possibilidades da ciência no país e pela valorização da cultura indígena e de sabedorias ancestrais. A eleição de Kopenawa é, portanto, um marco – de reconhecimento de sua atuação pública como um “relevante serviço à instituição ou ao desenvolvimento científico nacional”.
A cerimônia de posse acontecerá no dia 01 de janeiro, quando os novos membros serão diplomados em Reunião Magna que acontecerá virtualmente por conta da pandemia. Kopenawa é autor, junto do antropólogo Bruce Albert, do livro A Queda do Céu: palavras de um xamã Yanomami, realizado como uma espécie de relato autobiográfico e manifesto xamânico contra a destruição da floresta amazônica e pela manutenção das vidas indígenas e das sabedorias nativas ancestrais.
ORGULHO
O médico sanitarista Eugênio Scanavino Netto criou um projeto incrível, chamado Saúde e Alegria, que há mais de 30 anos leva, de barco, atendimento médico e remédios a 30 mil famílias de pequenos agricultores que vivem ao longo de rios e estradas, muitas em situação de vulnerabilidade social.“Só de colocarem em prática os cuidados de higiene, já vemos muito resultado: começou a diminuir diarreia, as comunidades que tratavam a água perceberam melhorias. Aos poucos, as próprias pessoas começaram a entender que elas mesmas podiam fazer alguma coisa. Então, eles começaram a entender que tudo depende das atitudes individuais, familiares e coletivas”, contou o Dr. Eugênio Scanavino Netto.
VERGONHA
O jornal Le Figaro desta terça-feira (29) destaca a campanha anti-vacina do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a publicação, o começo da vacinação deveria trazer esperanças para um país que já tem 190 mil mortos pela Covid-19, mas se transformou em um jogo político, devido ao negacionismo e à negligência do chefe do Executivo. "Desde o início da pandemia, Jair Bolsonaro minimizou os efeitos do que chamou de ‘gripezinha’, rejeitando as medidas de distanciamento social e o uso de máscara, além de defender a prescrição da hidroxicloroquina, para o tratamento da doença", lembra o jornal. A campanha do presidente contra a imunização, afirmando que não vai tomar a vacina, e criticando a iniciativa do Supremo de torná-la obrigatória, é considerada por Le Figaro "uma atitude singular e única nas democracias".