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Caprichoso exalta a sabedoria popular com pajé e rainha do folclore em noite inspirada

Parintins – AM – Embalado pela superação e a força da galera, o boi-bumbá Caprichoso abriu a disputa do 53º Festival Folclórico de Parintins, nesta sexta-feira (30), na arena do Bumbódromo, exaltando a sabedoria popular. Dos índios e povos tradicionais da Amazônia aos muçulmanos do Oriente Médio, o bumbá apostou na ancestralidade para iniciar a briga pelo título de campeão.

No entanto, foram as apresentações individuais que empolgaram a galera e marcaram a primeira apresentação do bumbá.

Levantador de toadas David Assayag

O Pajé, Neto Simões, que evoluiu na gigantesca alegoria ‘Iniciação Tariana’, protagonizou um dos momentos mais fortes da apresentação com as tribos coreografadas e a própria evolução. É o segundo ano de Neto defendendo o item 12, que tem a difícil missão de substituir Waldir Santana. Ao final da apresentação do Caprichoso, Neto retornou sobrevoando a arena. Finalizando a primeira noite do bumbá com o ápice de sua apresentação.

No seu último ano defendendo o item 8, a Rainha do Folclore, Brenna Dianá, foi responsável pelo segundo grande momento do Caprichoso na arena. Com a alegoria “Terror das noites”, Brenna evoluiu em sincronia perfeita com o momento da lenda amazônica.

Rainha do folclore Brena Dianná

Com uma indumentária mesclando lilás, azul e preto, Brenna cumpriu sua missão ao fazer o item 19 vibrar com o seu desempenho. Após deixar a arena, no final da apresentação do Touro Negro das Francesa, Brenna deixou o recado: “Amanhã tem mais!”, em alusão à sua vibrante evolução na primeira noite.

A noite azulada foi aberta às 21h30min, com a exaltação folclórica “Terra Mãe Ancestral”. A primeira alegoria mostrou a mãe natureza e uma arara azul, e trouxe a cunhã-poranga Marcielle Albuquerque, bailando, enquanto o levantador de toadas David Assayag cantava “Cunhã Tribal.

Cunhã poranga Marciele Albuquerque

Dificuldades

Apesar da aposta na participação especial da paraense Dona Onete, a aparição da cantora ficou apenas no apelo ao “batuque forte do tambor de índio, tambor de negro, tambor do norte…). Dona Onete antecedeu a defesa de David Assayag ao item 11, Toada, Letra e Música, com a composição de Adriano Aguiar, “Terra Mãe Ancestral”.

Logo no início da apresentação, com a exaltação folclórica “Terra: mãe ancestral” o Caprichoso teve dificuldades em fazer a retirada dos módulos. A alegoria chegou a passar 58 minutos no mesmo lugar. Quem assistiu à apresentação, viu as alegorias evoluírem em menos tempo que o comum devido ao atraso.

Em breve avaliação da primeira noite, enquanto empurrava um módulo alegórico, o presidente Babá Tupinambá se disse Feliz, por ter visto o Caprichoso “bonito, emocionante, contagiante. E isso é o que importa”. Para o vice-presidente, Jender Lobato, “a proposta é lutar pelo bicampeonato e hoje foi uma pequena amostra de tradição ousadia e organização”.

Texto: Lívia Anselmo e Floriano Lins / Fotos: Clóvis Miranda e Lívia Anselmo

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