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Caprichoso invoca espírito de Chico Mendes na defesa dos povos da floresta

Foi do peito de Chico Mendes, uma alegoria gigante retratando com fidelidade o traço do seringueiro assassinado, que surgiu a porta-estandarte, Marcela Marialva

Marcela Marialva com o estandarte elogiando Chico Mendes - Fotos: Alex Pazuello | Arthur Castro | Mauro Neto / Secom

Parintins (AM) - Na terceira e última noite de apresentações do 58º Festival de Parintins, neste domingo (29/06), o Boi Caprichoso abriu a programação no Bumbódromo levando para a arena o tema “Kaá-eté – Retomada pela Vida”.  Mas o que chamou atenção mesmo foi a homenagem feita a Chico Mendes na figura típica regional. A filha dele esteve na arena.

Chico Mendes foi herói da resistência na defesa da Amazônia e dos povos da floresta. Aliás, foi do peito de Chico Mendes, uma alegoria gigante retratando com fidelidade o traço do seringueiro assassinado, que surgiu a porta-estandarte, Marcela Marialva.

Outo momento de destaque foi o amo do boi, Caetano Medeiros, que copiou o estilo do amo do contrário, João Paulo, levando um banquinho para a apresentação. Ele ainda cantou parabéns para JP, festejando três anos sem vitória do Garantido.

— Parabéns  pra você, três  anos sem vencer, outra vez vai perder-, xavecou Caetano , que Caetano chegou a cantar acompanhado pela  galera azul e branca.

A apresentação destacou a lenda amazônica de Waurãga, reverenciada como a senhora e guardiã da floresta, responsável por convocar e comandar os Kãkãnemas, espíritos da mata que se manifestam no corpo dos animais de todas as espécies. Dentro da alegoria, a cunhã-poranga Marciele Albuquerque foi ovacionada pelo público.

Na sequência, a figura típica regional “O Seringueiro da Amazônia” ganhou destaque na arena, homenageando os trabalhadores da extração do látex e suas tradições, em especial, Chico Mendes. O boi azul levou para arena a filha do seringueiro e ativista, Ângela Mendes.

Encerrando o espetáculo do Caprichoso, o Ritual de Cura Yawanawá, com alegoria desenvolvida pelo artista Algles Ferreira, evidenciou a tradição ancestral do povo Yawanawá, que vive às margens do Rio Gregório, no Acre. A apresentação reverenciou os rituais de cura e a espiritualidade indígena.

O oajé Erick Beltrão, com uma uma performance ousada e um costeira que mostrava outra face  e fechava os olhos e movimentava os lábios, foi outra alegoria interessante.

O boi da estrela fez a sua parte com competência criatividade. Agira é esperar o que os jurados acharam de tudo isso.

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