Parintins (AM) - Na segunda noite, o boi Caprichoso voltou a surpreender com a qualidade de suas alegorias, principalmente no item Lenda Amazônica, quando apresentou 'Mirandolino Sacaca, o senhor da cura e da água', de Alex Salvador, uma alegria de tirar o fôlego.
— Plasticidade perfeita do artista -. vibrou o apresentador, Edmundo Oran.
A rainha do folclore do Boi Caprichoso, Cleise Simas, surgiu ao centro da gigante alegoria, que foi içada pelo guindaste a uma altura que chegou a ultrapassar o limite do bumbódromo. A gaiola com Cleise chegou a balançar, deixando muitos torcedores assustados.







Com o subtema “Kizomba - Retomada Pela Tradição“, a apresentação da noite trouxe a celebração da ancestralidade negra amazônica, reafirmando a identidade do Caprichoso como o Boi Negro de Parintins. A festa destacou a influência dos povos africanos na formação do boi-bumbá e denunciou o apagamento histórico da presença preta na região. Com poesia, arte e resistência, o Caprichoso deu voz às memórias invisibilizadas, aos quilombos do Amazonas e às tradições herdadas de seus ancestrais.
Outra performance que empolgou a galera aconteceu no item 14, Tuxauas, quando o boi da estrela azul se posicionou contra a violência colonial.
O levantador de toadas Patríck Araújo conduziu um dos momentos aclamados da noite ao interpretar Sensibilidade, toada que mobilizou a arquibancada e a galera azulada.
No Ritual Indígena, o Boi Caprichoso apresentou Musudi Munduruku – A Retomada dos Espíritos, uma celebração espiritual e de resistência do povo Munduruku. A alegoria grandiosa assinada pelo artista Kennedy Prata, trouxe o Pajé Erick Beltrão.
⭐️CAPRICHOSO - 2º DIA⭐️
— Mário Adolfo Filho (@marioadolfo) June 29, 2025
1. Caprichoso entrou na segunda noite apostando em um repertório musical bem variado;
2. Ao longo da noite trouxe muitas toadas antigas. Acho ótimo. Toadas históricas como Réquiem, Rostinho de Anjo e até o medley de 1999 precisam ser tocadas. Sem essa de… pic.twitter.com/3ZaFGBmVfg
