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Catedral de Parintins adota medida de proteção da imagem tricentenária de Nossa Senhora do Carmo

A imagem de Nossa Senhora do Carmo, pertencente da Diocese de Parintins, chegou na região, por volta dos anos de 1723

A colocação das grades gerou controvérsia entre alguns fiéi

O pároco da Catedral, padre Dorival Nascimento, esclareceu em entrevista a colocação de grades em torno do presbitério (o altar) e da imagem de Nossa Senhora do Carmo. Segundo o padre, a medida foi tomada por motivos de segurança e organização da Festa, considerada a maior manifestação religiosa do Amazonas. A matéria é da Rádio Alvorada.

Em 2020 e 2021, no contexto da pandemia de Covid-19, a paróquia já havia utilizado o gradil como medida prevenção à doença. Mas em 2022 e 2023, o uso foi suspenso.

Este ano, conforme explica padre Dorival, o retorno dos gradis em torno do presbitério (o altar) e da imagem da Santa, visa a melhor organização da Festa, a exemplo das grandes festas mariana como a de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo.

“Essa questão dos gradis não é novidade na igreja. Se você vai à Aparecida do Norte, lá já tem esses gradis. Talvez as pessoas que nunca puderam estar nesse lugar, elas não tenham esse conhecimento. E por isso que nós fizemos isso aqui, para que a gente possa ir aos poucos dando essa organização, mostrar para o Brasil que aqui em Parintins, não existe só o festival, mas também existe uma festa de Nossa Senhora do Carmo que é organizada”, disse.normal

A imagem de Nossa Senhora do Carmo, pertencente da Diocese de Parintins, chegou na região, por volta dos anos de 1723, através dos missionários carmelitas, uma vez que a Santa era padroeira da ordem Carmelita. A obra é confeccionada em madeira estilo Barroco (final do século XVI e meados do século XVII).

A colocação das grades gerou controvérsia entre alguns fiéis, que alegam que a medida impede que as pessoas se aproximem da imagem e toquem nela. No entanto, o padre Dorival Nascimento disse que a medida não visa impedir a devoção dos fiéis, mas garantir a preservação da imagem.

“A nossa imagem é uma imagem histórica. Alguns dizem que ela tem mais de 300 anos, não temos ainda um estudo para que possamos realmente dizer isso. Então é uma imagem que não pode ser tocada. E lembramos que em Aparecida do Norte, a imagem fica num nicho bem alto, ninguém pode tocar. E aos poucos vamos aprendendo que a fé deve superar o tato, para que o nosso olhar contemplativo se torne oração”, completou.normal

O padre também aproveitou a oportunidade para pedir a colaboração da comunidade na preservação da imagem da padroeira dos parintinense que é um patrimônio histórico.

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