Começa nesta segunda-feira, 1º/8, o Censo Demográfico brasileiro. No Amazonas, o IBGE dá início à coleta domiciliar do Censo com um evento de lançamento no Largo São Sebastião, em Manaus, com a presença de mais de mil recenseadores, agentes censitários e demais envolvidos na operação censitária.
Nos próximos três meses, os recenseadores do IBGE visitarão 89 milhões de endereços, sendo 75 milhões de domicílios brasileiros. A estimativa é de que sejam contabilizados cerca de 215 milhões de pessoas. No Amazonas, a estimativa é de que 1,1 milhão de domicílios serão visitados e 4,1 milhões de pessoas serão contabilizadas.
No Censo 2010, foram contabilizados 3,5 milhões de pessoas, no Amazonas, acréscimo de cerca de 600 mil pessoas, em relação ao observado no Censo 2000 (2,8 milhões), e de 700 mil pessoas a mais, em 2000, frente ao Censo 1991. Em 1970, o Censo do IBGE contabilizou menos de um milhão de pessoas no Estado (955.203). E voltando aos dados do 1º Censo realizado no Brasil, em 1872, 150 anos atrás, foram contabilizadas somente 57.610 pessoas no Amazonas.
O Superintendente do IBGE no Amazonas, Ilcleson Mendes, afirma que é essencial que a população receba bem o recenseador: "o Censo é para a sociedade. Assim convidamos a população a receber e responder aos nossos recenseadores, num exercício de cidadania, fazendo-se representar por meio das estatísticas oficiais".
Mais de 180 mil recenseadores no Brasil; 2.702 no AM
O Censo brasileiro é uma das maiores operações censitárias do mundo. No auge da operação, em torno de 183 mil recenseadores irão de porta em porta em todos os 5.570 municípios do país. Ao todo, são 452.246 setores censitários urbanos e rurais, 5.972 localidades quilombolas, 624 terras indígenas, 11.400 aglomerados subnormais e 5.778 grupamentos indígenas.
No Amazonas, são mais de 3 mil pessoas envolvidas na operação censitária, sendo 2.702 recenseadores, com a tarefa de realizar o Censo nos 62 municípios do Estado. Além dos recenseadores, os agentes censitários, os coordenadores de área, subáreas, analistas censitários e demais coordenadores trabalham em diferentes frentes para que o Censo seja realizado dentro do planejado. Os resultados do Censo irão subsidiar o planejamento de políticas públicas e privadas pelos próximos anos.
Respeitando padrões metodológicos internacionais, os recenseadores vão visitar todos os endereços, abrangendo vários tipos de habitações: domicílios particulares, domicílios coletivos, domicílios improvisados e setores especiais, dentre os quais destacam-se terras indígenas, quilombos e aglomerados subnormais.
Identificação e trabalho do recenseador
Cada um dos 2.702 recenseadores do Amazonas poderá ser identificado pelo seu uniforme – colete do IBGE, boné com logotipo do Censo, pelo dispositivo móvel de coleta (DMC) e por um crachá visível no bolso do colete, com nome, número de matrícula e foto.
Além disso, é possível confirmar a identidade do agente do IBGE no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. Ambos constam no crachá do entrevistador, que também traz um QR code que leva à área de identificação no site. Para realizar a confirmação, o cidadão deve fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador.
Uma série de parcerias foram firmadas entre o IBGE, associações de administradoras de imóveis e condomínios, bem como sindicatos de representações habitacionais. O objetivo é disseminar o máximo de informação e orientação para moradores, síndicos, porteiros e zeladores, garantindo a integridade tanto dos moradores a serem visitados quanto dos recenseadores do IBGE em coleta nas ruas.
Como grande parcela da população passa a maior parte do dia fora do domicílio, os recenseadores poderão fazer visitas no horário noturno, durante feriados ou finais de semana. Cada recenseador organizará seu trabalho a fim de conseguir entrevistar ao menos um morador de todos os domicílios. Ou seja, todos serão contados, mas nem todos serão necessariamente entrevistados.