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Chuvas desafiam artistas e dirigentes dos Bumbás em Parintins

(Parintins – AM) –  A incidência de chuvas torrenciais em toda a região amazônica e as probabilidades de Parintins realizar a disputa dos bumbás sob a instabilidade climática já indica preocupação dos dirigentes e artistas de Caprichoso e Garantido. Do lado vermelho, o dirigente da Comissão de Artes, Edvan Oliveira, fala em garra e determinação para encarar o tempo chuvoso. No lado Azul, o decano Juarez Lima receita inovação e revolução para se adaptar à Natureza.

De acordo com os sites de previsão do tempo, a Amazônia vem sendo castigada pela instabilidade, e indicam que as chuvas vão atingir a região até a primeira semana de julho. O tempo atípico, segundo visitantes que convergem para os festejos juninos parintinenses, pode incidir em chuvas nas noites da disputa na arena do bumbódromo.

Resistência

Edvan Oliveira, presidente da Comissão de Artes do Boi Garantido, admite não ter um plano para chuva. “As chuvas têm atrapalhado a gente, porque parte das estruturas alegóricas estão fora do barracão. Não temos como armazenar tudo dentro da área coberta. As chuvas nos prejudicaram, principalmente nestas duas últimas semanas, mas nós trabalhamos com as possiblidades do tempo. Tivemos um certo atraso e estamos nessa dependência”, diz o dirigente.

Segundo Oliveira, Garra e Determinação, no entanto, não falta aos artistas e dirigentes do Boi da Baixa de São José. “Precisamos ainda esta semana sair para a área de concentração do Bumbódromo e lá a fdificuldade será ainda maior porque não temos nenhuma área coberta. É um tanto preocupante, mas estamos levando com muita Garra e determinação para concluir os trabalhos do Auto da Resistência Cultural”.

Sabedoria popular

A experiência do decano Juarez Lima inflama a Nação Azul e Branca para ‘uma revolução ancestral’ em tempos instáveis. A receita de Lima é “adaptação à natureza, com inovação e revolução”. Para ele, “estamos vivendo no planeta água. Para uns, a chuva atrapalha. Para outros que conseguem ver a chuva como uma dádiva da natureza, é uma graça. Cita o eterno campeão de Fórmula 1, Airton Sena, que gostava da chuva porque suas habilidades aumentavam.

“Eu gosto da chuva. Já ganhamos, mas também já perdemos festivais  com a chuva. O mais importante é que nós estamos e vivemos na Amazônia, e numa cidade abundante de arte, que é Parintins, aprendemos que a natureza norteia tudo. Se na última semana cair três ou quatro dias de chuva, acredito que todos os artistas estão aptos em seus truques, suas habilidades, suas gambiarras, para fazerem de forma segura e boa o nosso festival”, diz Juarez.

De acordo com ele, “a única coisa que pode comprometer é chover durante o espetáculo, mas como se chover não conta pontos, estamos respaldados no regulamento da disputa. A chuva nos mostra muitas lições. De tolerância à capacidade de nós nos adaptarmos às situações extremas da natureza”, conclui.

Texto: Floriano Lins

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