Você conhece alguém que foi atacado por piranhas recentemente ao entrar em rios no Amazonas, quando foi tomar banho em algum flutuante, ou até mesmo em balneários? Se a resposta é sim, saiba que este tipo de ataque é comum nesta época do ano, período de reprodução dos animais e da transição da seca para a cheia. Os relatos pelas redes sociais assustam e, às vezes, até impressionam com fotos.
“Isso de fato acontece no período reprodutivo. Elas saem do rio principal, o Rio Negro, e adentram na região Tarumã onde a água tem temperatura mais elevada. Como rio ainda está enchendo, o espaço é pequeno para abrigar banhistas, embarcações flutuantes e as piranhas”, destaca o engenheiro de pesa Radson Alves, coordenador de projetos da Secretaria Executiva de Pesca do Amazonas.
Quando elas estão nadando em direção a vegetação (aquática) ou da vegetação para a parte mais central do rio, acabam se encontrando com pessoas e acidentes como esses acabam acontecendo. Jogar comida no rio também pode atrair esses peixes de acordo com Radson.
É preciso estar atento e tomar alguns cuidados para evitar acidentes uma vez que o banho de rio é um lazer comum no Amazonas. Os fluentes e administradores de praias podem instalar redes de pesca – chamadas popularmente de malhadeiras – para evitar o contato dos peixes e dos banhistas, aponta Radson. “É bom evitar ficar perto de vegetação”, recomenda.
Ele lembra, ainda, que, historicamente, esses acidentes são comuns nessa época em que rio está com a cota entre 16 e 18 metros. A piranha é um peixe carnívoro de água doce e abundante na região. As piranhas costumam medir entre 14 a 26 centímetros (cm) de comprimento, embora alguns espécimes registrados tenham sido de até 43 cm de comprimento.
Esse peixe tem uma mordida extremamente forte que é gerada por músculos do maxilar combinados a dentes finamente serrilhados e que rasgam a carne das presas.
“Elas vão machucando as presas, tentando fragiliza-la até ser atacada pelo grupo”, disse o engenheiro de pesa Lorenzo Soriano. Esses peixes podem confundir os banhistas e por isso tentam machucar pequenos pontos como dedos e calcanhar. “O homem não é uma presa do tubarão, por exemplo, mas ele pode confundir um mergulhador com um peixe e ataca-lo”, compara.
Lorenzo destaca que nem toda piranha é carnívora e, por isso, nem toda piranha ataca. “Existem piranhas frugívoras, ou seja, que se alimentam apenas de frutas”, disse.
A urinar na água também pode atrair as piranhas. A composição da unira atrai as piranhas. Quem for mordido, precisa imediatamente sair da água porque o sangue também esses peixes. “É interessante procurar o serviço de saúde e cuidar o ferimento para evitar infecções”, alerta o engenheiro.
Com informações do Portal Toda Hora.
DICAS PARA EVITAR ATAQUES:
– Não jogar comida na água;
– Não urinar na água;
– Instalar redes de proteção para evitar que piranhas se aproximem;
– Não entrar na água se estiver com ferimentos.