Além de ser referência para pacientes com novo coronavírus (Covid-19), o Hospital Delphina Aziz iniciou o atendimento gradual da nova carta de serviços, no dia 15 de outubro, e tem como meta beneficiar cerca de 101,5 mil pessoas por mês quando a pandemia estiver estabilizada. A gestão da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) elaborou um plano de ação para reforçar o sistema de saúde com a oferta de consultas, exames e cirurgias por agendamento via Sistema Nacional de Regulação (Sisreg).
O plano de ação faz parte do Programa Saúde Amazonas, que tem o Hospital Delphina Aziz como unidade estratégica para a redução de filas da saúde, que devem ser realizadas gradualmente em 2020 e ao longo dos próximos anos, de acordo com o que explicou o secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo.
“Conforme a pandemia for nos permitindo, vamos ampliando os serviços naquela unidade, nós já começamos com serviços de apoio diagnóstico, nós estamos fazendo exames. O parque de imagens está sendo usado pela população já de forma regulada e nós também abrimos a estrutura de fisioterapia para a população, principalmente, para aquele paciente que ficou com sequelas de covid e precisa de uma fisioterapia”, explicou.
Especialidades - O plano possibilita a oferta de 69 especialidades divididas entre consultas ambulatoriais, serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, além de avaliações cirúrgicas e procedimentos, tendo como meta, em 12 meses, 1,2 milhão de agendamentos.
No Hospital Delphina Aziz, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), os atendimentos custarão, em média, aproximadamente R$ 150 reais por paciente, totalizando o valor de R$ 15,2 milhões mensais, com o oferecimento de atendimentos com equipamentos de ponta e profissionais altamente capacitados. O valor do contrato é o mesmo do quarto termo aditivo, quando o hospital funcionava exclusivamente para atendimento de pacientes com covid-19.
“O quarto termo previa somente covid. Então, leito covid UTI é um leito mais caro do ponto de vista operacional. Quando nós redistribuímos, em novos serviços, uma carta de serviço diferente para o Delphina, a gente consegue otimizar. Vale lembrar que a OS (Organização Social) queria valores maiores e nós negociamos a ponto de redução do valor hoje e ampliando os serviços”, disse o secretário de Saúde.
Segundo Marcellus Campêlo, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), a pedido da SES-AM, está trabalhando junto à secretaria, auditando e orientando os servidores sobre a padronização do processo de fiscalização para estabelecer mais transparência nos contratos da administradora.
“Inclusive o TCE, em parceria conosco, está estabelecendo procedimentos para deixar um legado para que a Comissão de Fiscalização do Delphina consiga ter uma padronização de fiscalização e assim, consiga máxima transparência nesse item”, afirmou.
Desde que foi inaugurado, em 2014, essa é a primeira vez que a unidade disponibiliza todos os serviços. Caso não haja o cumprimento de metas operacionais, há uma penalização financeira.