O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, foi o convidado desta terça-feira, 23/6, do quadro “Jogo do Poder”, da rede Meio Norte, que inclui canais de rádio, TV, portal de notícias e canais na internet do Estado do Piauí. O programa, apresentado por Amadeu Campos, contou com os jornalistas Efrein Ribeiro, que já atuou como correspondente da “Folha de S. Paulo”, em Manaus, Ari Carvalho e Sávia Barreto. Arthur falou sobre a situação da cidade frente à pandemia e os estudos que apontam a possibilidade de um novo surto de Covid-19, por conta da abertura econômica pelo governo estadual.
“Não fui favorável à reabertura e minha fala não é científica. Atualmente, estamos passando por uma fase favorável, com a redução da letalidade e de registro dos casos. Eu só sei dizer que a reabertura foi desorganizada, com as etapas confundidas. Tem muita gente na rua e sinto que é prematuro dizer que vai ter um novo pico e também abrir, do jeito que se abriu”, afirmou o prefeito. Segundo Arthur, os casos que estão sendo registrados atualmente na cidade têm apresentado quadros mais amenos que no início da pandemia e o número de mortes caiu significativamente.
Ele disse, ainda, que não se pode fazer, no Brasil, um isolamento social convincente, principalmente em função do comportamento do presidente Jair Bolsonaro, que minimizou a pandemia e incentivou a ida das pessoas às ruas. Ele cita, também, que foram feitos poucos testes em Manaus para que se pudesse ter um quadro real da situação, culminando com a reabertura precipitada. “Eu considero que o melhor remédio para combater a Covid-19 é o isolamento social, o diagnóstico precoce e o tratamento imediato”, afirmou.
O prefeito foi questionado sobre a ajuda prestada ao município durante a pandemia, para fazer o diagnóstico e fazer o atendimento aos doentes. “O papel da prefeitura é fazer a Atenção Primária em Saúde, mas nós fomos além e entramos com o hospital de campanha, que deu bons resultados, com mais de 600 pessoas restabelecidas em, aproximadamente, dois meses. O governo federal auxiliou o governo do Estado que, com isso, saiu do sufoco que estava com o colapso dos hospitais”, disse o prefeito Arthur Neto. “Ajuda específica a Manaus foi tipo – para não dizer que não falei de flores – para não dizer que não fez nada”, ironizou.