Um dos fundadores da Oana Publicidade, Edmar Costa, morreu em São Paulo na madrugada deste domingo, 05/11. Ele lutava contra um câncer no pâncreas, mas perdeu a batalha às 3h da manhã. Ao lado do irmão Edson Costa, Edmar fez história no ramo publicitário amazonense, ao transformar sua empresa em uma das mais importantes agências de Manaus por décadas.
O empresário foi responsável por campanhas inesquecíveis, como “Manaus Meu Ciúme”, que desenvolveu para a Prefeitura de Manaus, na administração de Eduardo Braga, e pela campanha que transformou o então território de Rondônia em Estado, nos anos 1980, na administração do então governador Jorge Teixeira, coronel do exercito e ex-prefeito de Manaus. A agência ganhou prêmios importantes, como o Profissionais do Ano, do jornal O Globo.
Edmar Costa era paulista e chegou a Manaus por volta de 1967, tornando-se popular através do programa ‘Corujão da Madrugada’, na rádio Difusora, que entrava no ar à meia noite. Fez tanto sucesso que passou a ser conhecido como Corujão.
Compositor de jingles, o publicitário também comandou algumas campanhas políticas, como a de Amazonino prefeito, em 1992 e Alfredo Nascimento prefeito, em 1996.
Na juventude, Edmar também disputou alguns festivais de música em Manaus, ganhando o de 1970 com a canção “Abrigo Pensador” e chegando também à final com “Tarumã “. Em 1995 disputou uma eleição para o Senado da República, como suplente do empresário Francisco Garcia, do extinto PFL.
Edmar ainda foi vice-presidente da Associação Latino-Americana de Agências de Publicidade (Alap) e tinha uma visão muito crítica em relação ao trabalho desenvolvido por algumas agências de publicidades no Estado. Ele classificava o mercado publicitário amazonense como mediano.
“Algumas agências fazem qualquer coisa para faturar. Não cobram a criação e reduzem a comissão a que têm direito legal, só para conquistar clientes. Está errado”, comentava o publicitário.
O corpo do publicitário será cremando em são Paulo e suas cinzas irão para Votuporanga, sua cidade Natal.
Câncer
O risco de desenvolver o câncer de pâncreas aumenta após os 50 anos de idade, principalmente na faixa entre 65 e 80 anos, havendo uma maior incidência no sexo masculino. A maior parte dos casos da doença é diagnosticada em fase avançada, e portanto, é tratada para fins paliativos.