O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, nesta segunda-feira (14/07), que abrirá mão do mandato e deve permanecer nos Estados Unidos. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo a publicação, Eduardo justificou a decisão alegando que, caso retorne ao Brasil, corre o risco de ser “perseguido e preso” pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
— Por ora, eu não volto. Minha data para voltar é quando Alexandre de Moraes não tiver mais força para me prender... Estou me sacrificando para levar adiante a esperança de liberdade — afirmou.
Licenciado desde março, Eduardo Bolsonaro tem até o próximo domingo para retornar às atividades parlamentares. Conforme a Câmara dos Deputados, o afastamento por interesse particular tem o limite máximo de 120 dias, sem possibilidade de prorrogação.
— Se for o caso de perder o mandato, vou perder o mandato e continuar aqui. O trabalho que estou fazendo aqui é mais importante do que o que eu poderia fazer no Brasil. No Brasil, o STF — quer dizer, Alexandre de Moraes — ia tentar colocar uma coleira em mim, tirar meu passaporte, me fazer de refém, ficar ameaçando, como ele sempre faz: mandando a Polícia Federal em casa, abrindo inquérito, inquirindo pessoas ao meu redor. Então, não vou me sujeitar a isso — declarou.
— Estou me sacrificando, sacrificando o mandato, para levar adiante a esperança de liberdade — completou.