Em balanço divulgado no final da tarde desta segunda-feira (02), o Governo do Amazonas contabiliza a identificação de 457 imóveis no Monte Horebe, área irregular na zona norte de Manaus, onde o Estado cumpre ação de reintegração de posse. Como diferencial da operação, o Governo está identificando todos os imóveis em que há famílias residentes e encaminhando-as para atendimento social, para que recebam solução de moradia digna.
“O balanço dessa ação social, com apoio do Sistema de Segurança Pública, foi excelente. Não tivemos nenhum incidente. Realmente foi uma ação inédita no Estado, e no país, a forma como foram conduzidos os trabalhos. No final da tarde fizemos uma reunião de avaliação para que amanhã possamos agilizar ainda mais o atendimento, de forma que possamos dar o atendimento adequado, fazer o cadastramento de todos os moradores daquela região da forma mais célere possível”, disse o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, em entrevista coletiva.
Até às 17h desta segunda-feira, 84 famílias, que fizeram cadastramento inicial no momento da identificação das residências, procuraram o atendimento social montado no Colégio Militar da Polícia Militar VI (CMPM VI), no Residencial Viver Melhor. Desse total, 70 famílias já saíram de lá com os acordos que asseguram o pagamento do auxílio-aluguel de R$ 600 até a adoção definitiva da solução de moradia.
O trabalho das equipes da área social na região do Monte Horebe está dividido entre ações de campo, com a “selagem” de casas que estão sendo visitadas, e de orientação e atendimento das famílias no CMPM VI. A equipe de “selagem” realiza o trabalho de marcação das casas e o cadastro inicial das famílias que serão encaminhadas ao CMPM VI. Essa equipe é formada por técnicos da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), Defesa Civil, Bombeiros, Secretaria de Cultura e a Unidade de Gestão Integrada (UGI), vinculada à Casa Civil.
A Secretaria de Educação e Desporto e a Defensoria Pública do Estado (DPE-AM) atuam na orientação das famílias no CMPM VI e, no atendimento social, há servidores das Secretarias de Estado de Justiça, Direito Humanos e Cidadania (Sejusc) e Assistência Social (Seas), Superintendência Habitacional no Amazonas (Suhab) e UGI.
No caso dos imóveis que não eram utilizados como moradia, as equipes responsáveis pela desocupação estão autorizadas a fazer a demolição. Nesta segunda-feira, 300 imóveis nessas condições foram demolidos.
Atendimentos – Ao todo, 160 servidores estaduais atuam diretamente nas ações de assistência social. Cerca de mil servidores, incluindo as forças de segurança, dão apoio as ações para desocupação que, de acordo com o secretário estadual de Segurança, foram tranquilas nesta segunda-feira.
“Não houve resistência. Houve algumas pessoas reclamando, o que é natural que isso aconteça, mas o trabalho foi desenvolvido tranquilamente. Eles viram que a ação do Estado é diferenciada de tudo que já foi feito. Foi uma ocupação pacífica, com muito diálogo com eles (comunidade). Foi tranquilo e temos certeza que amanhã vai ser dessa mesma forma”, afirmou o coronel Bonates.