Ir para o conteúdo

Na semana em que a CPI da Pandemia ouvirá os depoimentos dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello e o atual ministro, Marcelo Queiroga, o senador Omar Aziz (PSD-AM) tem dado uma série de entrevistas em que critica fortemente a atuação do governo federal.

Em entrevista à Revista Fórum, Omar diz que no atual estágio da pandemia era para o Brasil estar vacinando três milhões de pessoas diariamente, em patamar semelhante aos Estados Unidos, que tem imunizado mais de quatro milhões todos os dias. Entretanto, de acordo com ele, o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde o início da crise atrapalhou e prejudicou os trabalhos, fazendo o país passar vexame.

“Era para o Brasil estar vacinando três milhões de pessoas por dia. Aí chega apenas um milhão de vacinas que eram para ser aplicadas em meio dia. O Brasil é PhD em vacina. Temos grandes campanhas de imunização anuais. Todas as pessoas que estão dentro de uma UBS estão treinadas para fazer a vacina. O presidente Jair Bolsonaro, desde o primeiro momento, foi negacionista. Ele estimulou aglomerações e achava que nós poderíamos sair dessa pandemia com imunização de rebanho. Vimos que não era nada disso”, disse Omar à Fórum.

Ainda de acordo com o senador, o objetivo da CPI não é condenar ou se vingar do governo federal, mas sim investigar o que causou o colapso em diversas partes do país. Embora diga que não quer fazer um pré-julgamento da atuação federal, Omar, que perdeu o irmão Walid Aziz para a Covid-19, diz que está claro que o Brasil não comprou vacinas no momento adequado.

“O Brasil não comprou a vacina quando deveria. E não adianta agora dizer que vai comprar vacina, porque não tem. Tivemos a oportunidade de, no ano passado, comprar 70 milhões na Pfizer, que já deveriam estar no Brasil. Se o comportamento fosse outro, hoje não estaríamos passando por esse vexame”, dispara.

Questionado se, por fazer parte de um partido que está no centrão, atuará para blindar o governo, Omar Aziz descartou a possibilidade. “Creio que a maioria das convocações não pode ter embate, o embate não é esse. Tem que tirar o maior proveito possível das pessoas que foram para contribuir em relação à investigação e o que vai ser feito para salvar mais vidas”, concluiu.

Fonte: Revista Fórum

Publicidade BEMOL
Publicidade ATEM
Publicidade TCE
Publicidade UEA
Publicidade CREA-AM

Mais Recentes