Nesta segunda-feira (02/03), o Governo do Amazonas iniciou a reintegração de posse do Monte Horebe, ocupação irregular localizada na zona norte de Manaus. A operação é resultado de meses de planejamento pelas forças de segurança do Estado e tem como diferencial o respeito à dignidade humana na retirada das famílias, que passarão por triagem com o objetivo de garantir soluções de moradia adequadas a cada caso. A operação conta com efetivo de mais de 800 servidores, entre policiais e equipes de assistência social.
O plano de desocupação foi anunciado na última sexta-feira (28/02) em coletiva de imprensa convocada pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Secretaria de Segurança Pública (SSP), com a coordenação do vice-governador, Carlos Almeida. Entre os órgãos envolvidos estão: Seas, Sejusc, UGPE, Casa Civil, Sema, Ipaam, Suhab, SSP, Polícia Militar, Polícia Civil, Defensoria Pública do Estado (DPE), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM) e Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM).
Ao todo, 700 policiais serão empregados na operação no Monte Horebe, com a montagem de barreiras em pontos estratégicos a partir do trabalho já realizado pelas equipes de inteligência das forças de segurança. Esse trabalho tem como principal objetivo assegurar que as famílias tenham o atendimento adequado que será realizado pelas equipes sociais do Governo, que disponibilizará caminhões para as famílias que necessitarem de apoio para mudança.
Triagem
As famílias removidas serão encaminhadas para o Colégio Militar da Polícia Militar VI, localizado na rua Rio Piorini, no residencial Viver Melhor. Elas passarão por triagem pelas equipes do Governo, para que seja dado encaminhamento adequado a cada caso.
Terão direito a soluções de moradia as pessoas que comprovarem que residiam na ocupação e que não têm para onde ir. As informações do levantamento social serão analisadas pela Suhab, órgão responsável por definir as soluções de moradia mais adequadas.
Após o trabalho de triagem e análise de informações sociais, as famílias a serem beneficiadas com soluções de moradia formalizarão um termo junto ao Governo do Amazonas, com anuência da Defensoria Pública. Nos casos de famílias provenientes de outros países, como a Venezuela, as pessoas serão encaminhadas ao projeto Acolhida.