Em nova tentativa de prorrogar o mandato por mais um ano, o presidente da Associação Folclórica Boi Bumbá Garantido, Antonio Andrade, convocou uma nova Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para o próximo dia 16, a partir das 8h. A convocação foi divulgada hoje (6) no site da associação. A matéria é do Portal A Crítica.
A deliberação deve contar com a maioria absoluta dos associados, caso contrário, uma nova convocação será feita 8h30 e independente do quórum será iniciada. A única pauta a ser discutida é a prorrogação dos mandatos de presidente, vice-presidente e membros dos conselhos fiscal e de ética.
Na Justiça
No último dia 30, a desembargadora Joana dos Santos Meirelles, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). suspendeu a sentença da juiza Michelly Martins Freitas, da Comarca de Parintins que proibia a realização da AGE e multa de R$ 30 mil em caso de descumprimento. Na decisão, a desembargadora analisou que a suspensão da AGE fere o estatuto dos sócios do Boi Garantido ao coibir os associados de votarem.
Na decisão assinada pela desembargadora consta como justificativa para a realização da AGE a suspensão do Festival Folclórico de Parintins nos anos de 2020 e 2021, em virtude da pandemia da Covid-19. O documento cita que o mesmo motivo fez a Associação Folclórica Boi-Bumbá Caprichoso realizar assembleia e decidir em votação prorrogar o mandato de Jender Lobato.
O que aconteceu
A ação foi ingressada por Adelson Albuquerque, Fábio Cardoso e Fred Góes, e também pelo ex-diretor jurídico do boi vermelho, Ronaldo Macedo, diante de toda crise pública ocorrida no Boi Garantido após a realização do 55º Festival Folclórico de Parintins no que concerne a apresentação na arena e prestação de contas, assim como a tentativa de prorrogação do mandato da atual gestão por mais um ano.
No dia 2 de março a juiza Michelly Martins Freitas da Comarca de Parintins emitiu a decisão que proibia a realização da AGE. Em segunda derrota na Justiça, já no dia 3 de março a juíza titular da 1ª Vara de Parintins, Juliana Arrais Mousinho, também determinou suspensão da AGE sob pena de multa diária de R$ 2 mil por dia de descumprimento da decisão. As decisões foram revogadas pela desembargadora Joana dos Santos Meirelles do TJAM.