A Globo acertou um acordo para transmitir, a partir de 2026, o Festival de Parintins em TV aberta, por assinatura e também no streaming. Segundo revelou a Folha de S.Paulo, o acerto foi firmado na última sexta-feira (27) e envolve os bois Garantido e Caprichoso, que já deram aval à proposta da emissora.
Nesta semana, de acordo com a Folha, executivos da Globo estiveram em Manaus para acompanhar os detalhes das apresentações deste ano, que começaram na quinta-feira (26). O acordo teve a intermediação do governador do Amazonas, Wilson Lima, que acredita que a exposição nacional beneficiará o estado.
A emissora já havia anunciado em reportagens do Jornal Nacional a intenção de exibir o Festival a partir de 2024, mas voltou atrás por conta do contrato vigente entre a TV A Crítica e os bois. A Globo aguardou o fim desse acordo para retomar a negociação.
O interesse pela festa também cresceu após o sucesso de Isabelle Nogueira — cunhã-poranga do Boi Garantido e terceira colocada do BBB 24 —, que alavancou a audiência do reality show em Manaus para índices superiores a 40 pontos, os maiores do país.
Esta não seria a primeira transmissão nacional do Festival de Parintins: entre o fim dos anos 2000 e o início dos anos 2010, a Band exibiu a festa em rede nacional, mas sem grande repercussão junto ao público.
Dissica desmente
O diretor-presidente da TV A Crítica, Dissica Calderaro, garantiu em entrevista ao site NaTelinha que a transmissão do Festival de Parintins continuará sob responsabilidade da emissora também em 2026, contrariando rumores de que o evento migraria para a Globo no próximo ano.
Segundo Calderaro, a TV A Crítica renovou recentemente o contrato de exibição, que inclui uma multa de rescisão considerada alta. Além disso, a emissora realizou um pesado investimento em tecnologia para garantir a transmissão em 4K nesta edição do festival.
“Não, não procede (sobre a Globo). Fizemos a renovação do contrato. Realizamos um investimento volumoso em tecnologia para cumprir nosso compromisso com outros grandes players internacionais do mercado. Esse investimento foi justamente feito para atender às exigências técnicas que esses players impõem”, afirmou o executivo.
Calderaro também destacou a robustez do contrato:
“O contrato é longo, com multa altíssima, o que nos dá segurança nos investimentos que fizemos. E não temos interesse em parar o trabalho que a gente vem desenvolvendo. Não é trabalho de três noites — é um trabalho de um ano inteiro.”
O dirigente ainda reforçou que a cobertura da TV A Crítica contempla toda a programação do festival:
“Transmitimos 100% das festas de ambos os bois, inclusive com transmissões simultâneas em algumas noites. Fazemos uma entrega que nenhuma outra emissora no Brasil tem condições de fazer. Vamos seguir com o que planejamos. Tenho 1000% de certeza de que não vai para a Globo.”
Mário Adolfo Filho
