Ir para o conteúdo

HUGV-Ufam realiza cirurgia inédita para reconstrução de mandíbula

Paciente já recebeu alta e deverá passar por fisioterapia para recuperar funções da mandíbula

O procedimento é considerado um marco importante para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)

O Hospital Universitário Getúlio Vargas, da Universidade Federal do Amazonas (HUGV-Ufam), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizou, pela primeira vez, uma cirurgia de reconstrução de mandíbula com componente articular de base de crânio. O procedimento é considerado um marco importante para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), por abrir a possibilidade de atendimento altamente complexo, além de contribuir para a formação de profissionais para este procedimento especializado.

O cirurgião bucomaxilofacial Carlos Augusto Aquino Negreiros, que conduziu a cirurgia, disse que o procedimento, que pode durar até 10 horas, foi realizado em menos de seis horas no HUGV graças à estrutura do hospital, à participação das equipes da instituição e à colaboração de cirurgiões bucomaxilofaciais convidados para acompanhar todo o processo cirúrgico.

O paciente é um rapaz de 27 anos de Roraima, que retirou um tumor da face e que conseguiu ser submetido ao procedimento por via judicial e foi encaminhado para Manaus, onde foi acolhido pela equipe. “Ele já recebeu alta, está com dor leve por conta do procedimento e está sendo tratado em casa e acompanhado por mim, via telessaúde”, explicou o cirurgião-dentista. O paciente vai passar por fisioterapia e a expectativa é de que em 90 dias retome atividades normais, como falar e mastigar.

Segundo ele, esta cirurgia é indicada para pacientes que têm a face mutilada por conta de procedimentos ou tratamentos de saúde, sejam tumores benignos ou tumores malignos que precisam ser retirados junto de parte dos tecidos que envolvem a mandíbula e ossos da face e precisam ser reabilitados. “É o tipo de procedimento próprio para este público”, disse o especialista.

“Realizar este procedimento para o SUS é de suma importância porque rompe uma barreira e traz a possibilidade de atendimento para estes pacientes que são sequelados. Trata-se de um procedimento de alto valor agregado que não é oferecido, em tese, na rede pública e a ideia é que façamos licitação para que atender esse público dentro dos mais altos padrões de qualidade”, afirmou.

Publicidade Águas de Manaus
Publicidade BEMOL
Publicidade TCE
Publicidade ATEM
Publicidade Parintins
Publicidade UEA

Mais Recentes