A Igreja Internacional da Graça de Deus, do pastor R.R. Soares, é a terceira maior inadimplente entre instituições religiosas na lista da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Com a sanção da nova lei, que entrou em vigor nesta segunda-feira (14), a igreja deixará de pagar uma dívida de R$ 37,8 milhões em contribuições previdenciárias. A informação é do Congresso em Foco.
Apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter vetado parcialmente a emenda que dá perdão tributário às igrejas, especialmente o trecho relativo a débitos de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), as contribuições previdenciária foram mantidas por ele e já estão presentes na Lei 14.057.
R.R. Soares é pai do deputado federal David Soares (DEM-SP), autor da proposta de perdão tributário. Acima da Igreja Internacional da Graça de Deus na lista dos inadimplentes estão apenas a Igreja Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdomiro Santiago, com uma dívida de R$ 91,4 milhões, e a Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial, que deve à União R$ 99,2 milhões.
De acordo com o jornal Valor Econômico, deputados da base do governo e da bancada evangélica já atuam para derrubar o veto de Bolsonaro. O grupo acredita contar com maioria nas duas Casas para aprovar perdão integral às dívidas das instituições religiosas. Nas redes sociais, o próprio Bolsonaro pediu que seu veto fosse derrubado por parlamentares.