Uma inspeção técnica realizada entre os dias 20 a 27 de agosto pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) em municípios do Sul do Amazonas identificou queimadas em grande escala com ao menos três quilômetros de extensão na BR-319, além de diversos focos de desmatamento ilegal na Transamazônica.
Durante a visita in loco, diferentes focos de incêndio inclusive com potencial de atingir outras áreas verdes foram flagradas por meio de fotos, vídeos e auxílio de drones da Corte de Contas.
Coordenada pelo conselheiro Júlio Pinheiro, com apoio do presidente da Corte de Contas, conselheiro Mario de Mello, a comissão técnica contou com membros das Diretorias de Controle Externo Ambiental (Dicamb) e de Controle de Obras Públicas (Dicop). Foram feitas avaliações da gestão ambiental do Governo do Amazonas, frente as queimadas nos municípios de Humaitá, Lábrea, Manicoré e Apuí.
“O TCE-AM em cumprimento as competências constitucionais a nós atribuídas, está atuando plenamente na fiscalização contábil, financeira e patrimonial – o que inclui o meio ambiente – para, mais do que fiscalizar e responsabilizar os possíveis responsáveis pelos danos – contribuir para manutenção do bioma amazônico. Cumprimento o conselheiro Júlio Pinheiro por ser o coordenador dessas ações e reafirmo o compromisso do Tribunal com a preservação da floresta de forma sustentável. Parabenizo todos que participaram dessa importante missão realizada pelo Tribunal para revelar os incêndios que estão, infelizmente, tomando conta da nossa floresta, que é um patrimônio dos amazonenses e do povo brasileiro”, disse o presidente do TCE-AM, conselheiro Mario de Mello.
Os dados a respeito da inspeção foram informados pelo conselheiro Júlio Pinheiro durante a sessão do Tribunal Pleno, realizada nesta quarta-feira (01), transmitida pelas redes sociais da Corte de Contas.
A inspeção in loco resultou na elaboração de um relatório do TCE-AM com os principais focos de incêndio observados e regiões vulneráveis com risco iminente de queimadas. Conforme o conselheiro Júlio Pinheiro, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) já foram notificados sobre os resultados da inspeção e devem adotar as providências cabíveis.