O médico oftalmologista Jacob Cohen, que faz questão de avisar que “não sou escritor, mas um colecionador de memórias”, lançou nesta sexta-feira, 02/01, seu primeiro livro – “Era uma vez na Ilha de Parintins”. O evento aconteceu no salão nobre do Palácio Rio Negro, Centro de Manaus.
O livro reúne histórias e causos vividos por Jacob na ilha de Parintins, onde nasceu e foi criado, só deixando a velha tupinambarana para estudar na capital.
— Nunca tive a pretensão de ser escritor. A ideia nasceu depois de uma conversa com o poeta Thiago de Mello que me aconselhou a escrever minhas memórias afetivas de Parintins. Histórias que vivi com meus companheiros, na ilha cercada de verde e às margens do rio Amazonas –, contra Jacob Moyses Cohen, quinto filho de uma família de sete irmãos, criado sob a égide da cultura e da fé judaica.
Na pandemia, o isolamento fez aflorar lembranças da infância, atiçando a vontade de escrever. E Jacob passou a colocar no papel (Ops!), no computador histórias engraçadas, peraltices de curumins e causos envolvendo personagens engraçados da ilha.
— O livro foi tomando forma e eu passei a enviar os textos para que o jornalista e cartunista Mário Adolfo, meu amigo de mais de 40 anos e ex-aluno do Colégio Estadual (Pedro II), fosse ilustrando cada história – conta o médico-escritor.
Os recursos das vendas dos livros do dia do lançamento serão revertidos para o projeto Oftalmologia Humanitária, dirigido por Cohen, que percorre os beiradões da Amazonas realizando cartunistas e doando óculos, com o apoio da Marinha do Brasil.