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Mais de 5 mil crianças e adolescentes ficaram órfãos durante pandemia no Amazonas

O dado é de um estudo internacional que analisou o impacto da doença no período mais crítico da pandemia, entre 2020 e 2021

Foto: Alex Pazuello/Semcom

No Amazonas, ao menos 5.220 crianças e adolescentes perderam o pai, a mãe ou ambos entre 2020 e 2021, período mais crítico da pandemia de Covid-19. O número faz parte de um estudo internacional, que reuniu pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e Reino Unido, que analisou o impacto da pandemia na infância e as desigualdades entre os estados brasileiros.

Além desses órfãos, outras 8.620 crianças e adolescentes perderam avós ou parentes mais velhos que viviam com elas e exerciam papel de cuidadores. Somados, os números indicam que a pandemia deixou 13,8 mil órfãos no estado.

Em todo o país, o levantamento aponta 284 mil órfãos, sendo 149 mil que perderam pai, mãe ou ambos, e 135 mil que ficaram sem avós ou outros responsáveis. No Amazonas, foram 20 mil crianças que perderam o pai, 24,5 mil que perderam avós ou parentes mais velhos e 44,1 mil viram o pai, a mãe, avós e outros parentes morrerem.

Uma das autoras do estudo, Lorena Barberia, professora do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP), destacou que os efeitos de uma crise sanitária não se limitam às vítimas diretas.

“Nós quisemos olhar a vulnerabilidade das pessoas que dependem de quem faleceu. É importante lembrar que pessoas acima de 60 anos não só tinham maior risco de morte, mas muitas vezes exerciam papel central na estrutura familiar. Muitas crianças e adolescentes dependiam dessas pessoas”, explicou.

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