O Brasil incinerou mais de 39 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 desde 2021, um prejuízo de R$ 1,4 bilhão. O descarte é consequência da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que demorou para comprar e distribuir as doses, enquanto disseminava desinformação sobre a vacinação. O descarte foi revelado em uma reportagem da Folha de São Paulo.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga se no desperdício houve improbidade administrativa.
Especialistas acreditam que as vacinas teriam vencido por problemas de logística, pela falta de campanha de imunização e a propaganda antivacina durante a pandemia de Covid-19.
A assessoria de Bolsonaro informou que o ex-presidente não tinha influência sobre o descarte de vacinas e que os ministros da tinham total autonomia.
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazzuelo não se manifestou. Enquanto o ex-ministro Marcelo Queiroga informou que as vacinas foram compradas após definições técnicas e que não tinha responsabilidade sobre o descarte. Já a gestão atual da pasta informou que a recebeu da gestão anterior mais de 157,9 milhões produtos de saúde que iriam vencer até julho.
Após a perda de R$ 1,2 bilhão, o Ministério da Saúde criou um comitê para monitorar e diminuir as perdas.