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Missa campal, água gratuita e exploração comercial marcam o Dia de Finados

Tradição religiosa, preços altos e distribuição de água marcaram a movimentação no Cemitério São João Batista neste domingo.

A missa aconteceu do lado de fora: Fotos: Mário Adolfo

Uma missa campal realizada em frente ao portão de entrada do Cemitério São João Batista, na Avenida Álvaro Maia, abriu as homenagens aos mortos neste domingo (2), Dia de Finados.

Por volta das 6h já havia gente chegando ao Cemitério São João Batista de Manaus. Mas, para quem saía de casa um pouco mais tarde, por volta das 7h, era quase impossível encontrar uma vaga de estacionamento. E, quando conseguia, a surpresa vinha no preço: R$ 20 nas ruas e calçadas mais próximas do cemitério e R$ 10 nos arredores.

Aliás, o Dia de Finados deste ano — como sempre — seguiu a lógica da exploração comercial em datas de grandes comemorações. O buquê de flores naturais estava custando R$ 40 e o de flores artificiais (com apenas cinco peças), R$ 20. A tradicional grinalda era vendida a R$ 50‌‌‌‌— Os preços estão pela hora da morte — ironizou quem tentava pechinchar cinco rosas vermelhas, vendidas a R$ 15,00 cada.

O tom de fé e generosidade ficou por conta da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que, à entrada do cemitério, distribuía gratuitamente 2 mil garrafinhas de água mineral.‌‌‌‌— Estamos fazendo o mesmo em outros cemitérios de Manaus. É a nossa forma de ajudar na sede de água e de fé — comentou Simone Roque, uma das líderes do movimento Desbravadores, que reúne jovens evangélicos.

Apesar das críticas aos preços elevados, o movimento no cemitério foi intenso durante toda a manhã. Entre flores, orações e reencontros silenciosos diante dos túmulos, o Dia de Finados seguiu como uma data marcada pela saudade, mas também pela solidariedade e pela fé de quem mantém viva a lembrança dos que já partiram.

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