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MP-AM pede que Caprichoso e Garantido também respondam por aumentos abusivos no Festival de Parintins

Ministério Público afirma que documento apresentado pela Amazon Best aponta participação direta das duas associações folclóricas na definição da política de preços que resultou nos reajustes denunciados

Vendas pro festival de 2026 continuam suspensas - Foto: Secom

O Ministério Público do Amazonas ampliou o alcance da ação que investiga aumentos abusivos nos ingressos do Festival Folclórico de Parintins e pediu à Justiça que os bois Caprichoso e Garantido também sejam incluídos como réus. Para o órgão, há prova suficiente de que as duas associações participaram da definição da política de preços adotada pela empresa Amazon Best, responsável pela bilheteria do evento.

Segundo a manifestação do MP, a própria Amazon Best anexou aos autos um Termo Conjunto de Política de Preços, assinado pelas três entidades. O documento — que, segundo o MP, foi formalizado digitalmente após o ajuizamento da ação — demonstra que Caprichoso e Garantido tiveram participação ativa na elaboração dos valores que chegaram ao consumidor final.

A promotoria afirma que o material apresentado “cristaliza a corresponsabilidade” dos bois na definição dos preços considerados desproporcionais, reforçando que não apenas a Amazon Best, mas todo o sistema de precificação do festival precisa ser analisado. Por isso, pede que Caprichoso e Garantido passem a integrar o polo passivo da ação e respondam judicialmente pela prática que o MP classifica como potencialmente abusiva.

Além disso, o Ministério Público reitera que a Amazon Best não apresentou as planilhas, laudos ou estudos econômico-financeiros exigidos pela liminar que determinou a justificativa dos reajustes. Para o MP, isso mantém a ilegalidade dos aumentos e reforça a necessidade de manter a decisão liminar.

A manifestação também menciona oscilações de preços identificadas nas planilhas da Bilheteria Digital e denúncias de suposta “maquiagem de meia-entrada”, além de nova queixa que aponta reajustes de até 140% entre 2024 e 2025.

Com a inclusão dos bois no processo, o MP quer que a Justiça investigue de forma ampla a cadeia de decisões que levou ao aumento de preços do festival — e que todos os participantes do acordo de política de bilheteria sejam responsabilizados caso fique comprovada a prática abusiva.

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