Um acordo de cooperação técnica entre o Ministério Público do Amazonas (MPAM), a prefeitura de Parintins, os bois-bumbás e entidades públicas e civis foi assinado, nesta sexta-feira (13/06), com o objetivo de combater a exploração sexual infantojuvenil, o assédio sexual e a violência contra a mulher, antes, durante e depois do 58º Festival Folclórico, nos dias 27, 28 e 29 de junho.
A ação faz parte da campanha #DiversãoComRespeito, promovida pela Ouvidoria-Geral do MPAM e as três Promotorias de Justiça de Parintins, com apoio da Procuradoria-Geral de Justiça, que prevê a massificação de canais de denúncias do Ministério Público, por meio de banners, ventarolas, vídeos etc, além da conscientização de munícipes e visitantes.
O acordo foi assinado na praça do Museu, no Centro, pela procuradora-geral do MPAM, Leda Mara Nascimento Albuquerque; a ouvidora-geral, Sílvia Tuma; o prefeito de Parintins, Mateus Assayag; o secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Caio André; o presidente do Caprichoso, Rossy Amoedo; e o vice-presidente do Garantido, Marialvo Brandão; além de representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Amazonas e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Parintins (CDL-Parintins).
“Vamos nos unir ao Ministério Público e todos os órgãos da Rede de Proteção, especialmente neste momento de festival folclórico, que a população dobra. Vamos concentrar forças para combater qualquer tipo de violência e exploração e que a gente faça de Parintins exemplo dessa luta”, afirmou o prefeito de Parintins, Mateus Assayag,
De acordo com a procuradora-geral de Justiça, Leda Mara Albuquerque, o Amazonas é o quinto estado com maior número de casos de violência contra a mulher.
“Estamos iniciando a campanha em um momento simbólico que é o festival folclórico e nós queremos alavancar essas ações para conter a violência. A ideia é firmar parcerias para que a gente divulgue esse canal, que a vítima precisa ter com o Ministério Público no sentido de trazer para a instituição as demandas relativas a essa violência”, disse a magistrada
A união inédita das instituições, às vésperas do festival, reflete a crescente consciência de que eventos de grande porte, como o Festival de Parintins — que atrai milhares de turistas de todo o Brasil e do mundo —, devem ser espaços de celebração cultural, mas, também, de segurança, cidadania e respeito aos direitos humanos.