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Operação Fim de Jogo: jovem é preso por abusar de meninos em condomínio

O indivíduo atraía meninos que jogavam futebol em um condomínio da capital e oferecia bens em troca de favores sexuais

Suspeito tem 19 anos e fez 13 vítimas

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30/10), a Operação Fim de Jogo e cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão de um indivíduo, 19, suspeito de cometer estupro e importunação sexual a 13 crianças e adolescentes do sexo masculino, além de armazenamento de pornografia infantil.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, informou que a investigação iniciou há cerca de dois meses, após a identificação de 13 vítimas. O indivíduo é apontado como autor de diversos crimes contra crianças e adolescentes que consistiam na oferta de bens em troca de favores sexuais.

“Durante as investigações, foi revelado que o indivíduo organizava jogos de futebol em um condomínio de Manaus, com crianças e adolescentes que moram no local, para poder ganhar a confiança deles. Ele se aproveitava da proximidade com os meninos e praticava os crimes sexuais, não só contra eles, mas também com seus amigos que frequentavam o local para lazer”, mencionou o delegado-geral.

O delegado citou, ainda, que o indivíduo pedia imagens de cunho pornográfico das vítimas e oferecia dinheiro e vale-presentes a elas, em troca das mídias. Foi confirmado, também, que o suspeito também atuava em barbearias, onde observava crianças e adolescentes do sexo masculino para cooptá-los.

“O alerta é para que os pais fiquem ainda mais atentos aos seus filhos, pois esse tipo de conduta pode ocorrer até mesmo no ambiente familiar. Sabemos que não se trata de um caso isolado. A Depca tem realizado prisões diariamente relacionadas a esses crimes, por isso pedimos encarecidamente que os pais redobrem a atenção”, enfatizou o delegado-geral.

Investigação

Conforme a delegada Juliana Tuma, titular da Depca, a operação foi batizada como Fim de Jogo em razão de como o indivíduo agia para ter a confiança das vítimas. Segundo ela, as investigações iniciaram a partir de uma denúncia de que o morador de um condomínio estaria praticando crimes sexuais contra as vítimas, às atraindo por meio de jogos de futebol.

“O indivíduo se valia da confiança das vítimas para ter falas e condutas inadequadas. Ele iniciava ganhando a confiança não só da criança ou do adolescente, mas também de seus familiares, chegando inclusive a frequentar e dormir nas casas das vítimas”, explicou a delegada.

Segundo a delegada, até o momento, foram identificadas 13 vítimas de estupro e importunação sexual, mas também estão sendo investigadas as práticas de armazenamento e produção de conteúdo pornográfico envolvendo as vítimas.

“O objetivo do cumprimento do mandado de busca e apreensão era coletar materiais que fossem imprescindíveis para investigação, ainda que a Depca já tenha materialidade suficiente para fazer o indiciamento do indivíduo, tanto que representou pela prisão preventiva e levou o caso ao conhecimento do Poder Judiciário, o qual deferiu os mandados”, detalhou.

De acordo com a delegada, o indivíduo já foi interrogado e preferiu se manter em silêncio, no entanto, as investigações continuam, pois há possibilidade de novas vítimas.

“Também foi confirmado que o suspeito tem essa conduta desde os 16 anos. Porém, as vítimas que constam no caderno investigativo da Depca são todas de quando ele era maior de idade. Ou seja, do começo do ano para cá”, contou a delegada.

Ainda conforme a delegada, foi feita a extração de dados de diversos aparelhos de vítimas, com autorização dos pais. Os responsáveis das vítimas foram importantes para o curso das investigações, uma vez que eles se encorajaram a levar o caso ao conhecimento da Polícia Civil.

Procedimentos

O indivíduo responderá por importunação sexual e estupro de vulnerável e, também, será investigado por armazenamento de pornografia infantil. Ele está à disposição da Justiça.

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