A organização da COP 30, que ocorrerá em novembro em Belém, voltou atrás em sua decisão inicial e liberou a venda de alimentos típicos do Pará, como açaí e tucupi, durante o evento. A mudança veio após a intervenção do ministro do Turismo, Celso Sabino, e uma forte reação popular e de chefs de cozinha locais. A proibição havia sido divulgada em um edital que buscava selecionar fornecedores para os quiosques e restaurantes da conferência, gerando indignação pela exclusão de pratos que são a essência da culinária paraense.
O edital, publicado pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), listava uma série de ingredientes e preparos autorizados e proibidos dentro da área do evento. De forma surpreendente, o tucupi, a maniçoba e o açaí – em todas as suas formas – foram classificados como alimentos de "alto risco de contaminação", o que na prática os bania da conferência. Essa decisão foi amplamente criticada, pois desconsiderava a importância cultural e econômica desses produtos para a região, além de ignorar a diversidade e a riqueza da gastronomia amazônica.
Em resposta à polêmica, o ministro do Turismo, Celso Sabino, atuou em conjunto com chefes paraenses e com a própria organização do evento para reverter a proibição. Segundo nota divulgada pelo ministério, Sabino articulou diretamente com a OEI e com o secretário-geral da COP, Valter Corrêa, para garantir que pratos e ingredientes locais tivessem seu devido espaço. A pressão surtiu efeito, e a OEI rapidamente publicou uma errata que eliminou a tabela com as vedações, abrindo caminho para que a culinária paraense seja, de fato, uma das atrações da conferência.
"O ministro do Turismo, Celso Sabino, entrou na articulação com chefes de cozinha paraenses para garantir que pratos e ingredientes típicos da culinária paraense como maniçoba, açaí e tucupi tenham espaço na COP 30", diz o ministério em nota.
